Evangelho - Lc 16,9-15
“Vós gostais de parecer justos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações. Com efeito, o que é importante para os homens, é detestável para Deus.”
Podemos até enganar as pessoas por algum tempo, vivendo uma vida dupla: diante das pessoas, dos alunos, da comunidade, nos apresentamos como cristãos íntegras, justos e até santos. Porém, na realidade, nas horas vagas ou na vida real, somos devassos, crápulas, pedófilos, etc. Só que nos esquecemos que somos monitorados 24 horas por Deus que vê até os nossos pensamentos
e desejos futuros. “Pedro. Essa noite você me negará por três vezes.” Pedro nem sabia que iria negar o Mestre antes de terminar o dia. Porém Jesus já o sabia.
Portanto, prezados irmãos. Vamos fazer a máxima força para sermos dignos de viver na presença de Deus.
Porque Jesus denominou o dinheiro de dinheiro injusto. É porque onde há dinheiro, de preferência muito dinheiro, sempre há injustiça. O dinheiro arrecadado do povo sempre atrai pessoas. Muitos se inscrevem ou se candidatam para conseguir dinheiro fácil. Parecem abelhas atraídas pelo doce.
Há sempre um desequilíbrio. Uns têm dinheiro de sobra, enquanto para outros faltam o dinheiro para comprar o indispensável. E o lamentável, é que aqueles que têm de sobra não se importam com aqueles que têm de menos. E isso é a raiz da injustiça. Mesmo que o dinheiro tenha sido ganho de forma justa, com o próprio suor, o dinheiro é sempre uma coisa que em si gera e atrai a injustiça, porque o dinheiro sempre produz discriminação, divisão, intrigas, usura, privilégio, ganância, e falta de amor ao próximo. Foi por isso, Jesus disse que ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro.
Porém, podemos e devemos usar do dinheiro da injustiça para conquistar os bens eternos. Arrecadar dinheiro para aliviar a fome dos necessitados, dos desabrigados das enchentes, etc. O dinheiro injusto pode comprar coisas justas, como a indumentária do padre, a construção dos templos, das casas paroquiais, aquisição de carros para a locomoção dos sacerdotes, assim como o alimento para o seu sustento. Sendo assim, usar o dinheiro gerador de injustiças para conquistar os bens eternos, significa usar de tudo o que o dinheiro nos concede, tanto em termos de bens materiais como pessoais, como por exemplo a formação profissional, para a construção do Reino e a promoção da dignidade de todos.
“Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes.”
Jesus nos adverte também para uma outra realidade da nossa vida espiritual. Não devemos descuidar nos mínimos detalhes da nossa vida, pois admitir que uma certa permissividade é um pecadinho leve, e que não tem importância, é se candidatar a perda do estado de graça, pois quem comete um pecadinho, um pecado leve, logo, logo estará cometendo um pecado grande, um pecado mortal.
Precisamos obedecer a voz da nossa consciência. O ser humano deve sempre obedecer ao juízo certo de sua consciência. Se agisse deliberadamente contra este último, estaria condenando a si mesmo. Mas pode acontecer que a consciência moral esteja na ignorância e faça juízos errôneos sobre atos a praticar ou já praticados.
Aquele que quer permanecer fiel às promessas do Batismo e resistir às tentações empenhar-se-á em usar os meios: o conhecimento de si, a prática de uma ascese adaptada às situações em que se encontra, a obediência aos mandamentos divinos, a prática das virtudes morais e a fidelidade à oração. "A castidade nos recompõe, reconduzindo-nos a esta unidade que tínhamos perdido do quando nos dispersamos na multiplicidade."
(Catecismo da Igreja Católica)
ORAÇÃO: Jesus não me deixe cair em tentação. Jesus, ajude-me a superar os meus defeitos, os meus vícios e fraquezas. Mas livrai-nos de todo o mal. Principalmente o maior mal que é o pecado. Amém.
Sal.
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