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13 de out. de 2010

Cuidado com o fermento dos fariseus - Padre Queiroz

SEXTA-FEIRA 15/10/2010

Lc 12,1-7


Os cabelos de vossa cabeça estão todos contados.
Neste Evangelho, Jesus nos pede para sermos transparentes. A pessoa transparente é como uma casa com vidros transparentes nas portas e janelas. Quem está do lado de fora vê tudo o que existe e o que se faz lá dentro.
Nós não precisamos ter medo de mostrar para ninguém a verdade sobre nós mesmos, pois Deus nos ama. “Não se vendem cinco pardais por uma pequena quantia?... Vós valeis mais do que muitos pardais”.
E de Deus ninguém consegue esconder nada, pois nos conhece muito bem. “Os cabelos de vossa cabeça estão todos contados”. Podemos, portanto, confiar em Deus e ser sempre transparentes.
Os hipócritas mentem e disfarçam a verdade, porque reconhecem que são malandros e que isso é errado. O próprio fato de a pessoa ocultar a realidade sobre si mesma mostra que elas levam vida errada e sabem disso. O pecado do fingimento age na sociedade como o fermento; por isso que Jesus falou: “Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”.
Hipocrisia é o fingimento de pessoas que, sabendo que levam vida errada, querem esconder a verdade sobre si mesmas, dando uma aparência de boas e de santas.
As crianças e os jovens, que não têm muita experiência de vida, são os primeiros a acreditar nos hipócritas, pensando que eles são realmente do jeito que se apresentam. Quando essa geração nova descobre o fingimento, é invadida pelo desânimo e pela diminuição do gosto pela vida. Não compensa ser adulto amanhã, não compensa fazer parte desta sociedade fingida. Daí para o vício das drogas é um pequeno passo. Se o hipócrita pertence a uma Comunidade cristã, esta também passa a ser desacreditada.
“Não tenhais medo.” Jesus nos lembra que o nosso maior tesouro é a vida após a morte, e esta ninguém consegue tirar de nós. Devemos ter medo, medo filial, de um só: Deus
Nossos maus exemplos e más palavras agem também como mau fermento nas pessoas; de forma lenta e quase imperceptível, vão corrompendo a família, a Comunidade, o ambiente em que vivemos.
Se a hipocrisia age como o fermento, o bom exemplo também. Vamos testemunhar o bem, deixando que a luz de Deus, que recebemos no batismo, se irradie, iluminando o mundo.

Certa vez, um estudante universitário saiu para dar um passeio com o seu professor, a quem os alunos consideravam seu amigo devido à sua bondade para os que seguiam as suas instruções.
Enquanto caminhavam, viram no seu caminho um par de sapatos velhos e calcularam que pertenciam a um homem que trabalhava no campo ao lado e que estava prestes a terminar o seu dia de trabalho.
O aluno disse ao professor: “Vamos fazer-lhe uma brincadeira. Vamos esconder-lhe os sapatos e escondemo-nos atrás dos arbustos para ver sua cara quando não os encontrar”.
“Meu caro” – disse o professor – “nunca devemos divertir-nos à custa dos pobres. Tu és rico e podes dar uma alegria a este homem. Coloca uma moeda em casa sapato e depois escondemo-nos para ver a sua reação quando os encontrar”.
Fez isso e ambos se esconderam no meio dos arbustos. O pobre homem terminou as suas tarefas diárias e caminhou até os sapatos para voltar para casa. Ao chegar, deslizou um dos sapatos no pé, mas sentiu algo dentro deste. Baixou-se para ver o que era e encontrou a moeda. Pasmado, perguntou-se o que havia acontecido. Olhou a sua volta para todos os lados, mas não viu nada e ninguém. Guardou a moeda no bolso e foi calçar o outro sapato.
Sua surpresa foi ainda maior quando encontrou a outra moeda. Seus sentimentos esmagaram-no. Pôs-se de joelhos, levantou os olhos ao céu e, em voz alta, fez um agradecimento, falando de sua esposa doente e sem ajuda e de seus filhos que não tinham pão e, devido a uma mão desconhecida, não morreriam de fome.
O estudante ficou profundamente emocionado e seus olhos ficaram cheios de lágrimas. “Agora” – disse o professor – “não está mais satisfeito com essa brincadeira?” O jovem respondeu: “Você me ensinou uma lição que jamais hei de esquecer. Agora entendo algo que antes não entendia: é melhor dar do que receber”.
Aquele rapaz certamente dava uma de santinho em casa, mas no anonimato queria ser malandro. Felizmente o professor não foi na conversa e inverteu: fez com que o rapaz fizesse o bem também no anonimato. Como é importante termos bons educadores!
Maria Santíssima era uma pessoa transparente. Como ela se mostrava para o povo, assim era realmente. Mesmo não tendo pecado, ela era humilde e se reconhecia indigna dos favores de Deus. Que Nossa Senhora nos ajude a ser cada vez mais transparentes.
Os cabelos de vossa cabeça estão todos contados.

Padre Queiroz

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