26/08/2011: 6ª feira
Mt 25,1-13
Mt 25,1-13
A virtude da vigilância prossegue neste evangelho de hoje, narrado por Mateus, e nos deixa uma grande lição de aprendizagem: sabedoria e previdência são requisitos fundamentais para entrarmos no Reino dos Céus.
Rememoremos que a celebração do matrimônio aqui narrada, naquele contexto judaico do Antigo Testamento, seguia rigorosamente os costumes do povo de Israel, com momentos marcantes na vida familiar e religiosa. Era, na verdade, uma festividade pomposa e de muita preparação.
A parábola das dez moças virgens com as lamparinas nas mãos, à espera do noivo, é uma representação simbólica de cada um de nós à espera do Senhor, enquanto que as lamparinas simbolizam a luz e a fé que devemos manter acesas, para não corrermos o risco de, à chegada do noivo, estar na escuridão total.
Nada mais elucidativo do que esta parábola para repensarmos a nossa caminhada de vida cristã. É nossa tarefa nos situarmos, avaliando em qual grupo nos encontramos: nas moças previdentes ou descuidadas?
Em nosso dia a dia precisamos estar sempre vigilantes, pois há fatos e acontecimentos que não temos domínio algum sobre eles, nos fogem ao controle. São obras do nosso criador!
Tal como esta parábola, o texto “Enquanto os ventos sopram” reiteram a importância da vigilância, e nos ajudam a compreender melhor o nosso compromisso como ser humano. E, principalmente, como ser humano “humanizado e cristão!”
Alguns anos atrás, um fazendeiro possuía terras ao longo do litoral do Atlântico. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados. Mas as pessoas estavam pouco dispostas a trabalhar em fazendas ao longo do Atlântico. Temiam as horrorosas tempestades que varriam aquela região, fazendo estragos nas construções e nas plantações.
Procurando por novos empregados, ele recebeu muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se aproximou do fazendeiro.
- Você é um bom lavrador? Perguntou o fazendeiro.
- Bem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram. Respondeu o pequeno homem.
Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro estava satisfeito com o trabalho do homem.
Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou:
- Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!
O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente:
- Não senhor. Eu lhe falei, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.
Enfurecido pela resposta, o fazendeiro estava tentado a despedi-lo imediatamente. Em vez disso, ele se apressou a sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado, trataria depois.
Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros, e todas as portas muito bem travadas. As janelas bem fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada poderia ser arrastado. O fazendeiro então entendeu o que seu empregado quis dizer, então retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava.
Quão importante é a previdência em nossas vidas! Somente em Deus nos inspiramos a manter sempre acesa a lâmpada (vida, luz, energia), sustentada de azeite (Espírito Santo), para a vinda do Noivo (Jesus Cristo).
Apliquemos, pois, tudo isso à nossa vida: sejamos previdentes, cuidadosos e zelosos com as coisas do Senhor para que, quando o nosso encontro com Ele se aproximar, possamos despreocupados também dizer: “Posso dormir em paz enquanto os ventos sopram.” Que assim seja!
Abraços fraternos e carinhosos.
Nancy – professora
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