Segunda-feira, 4 de outubro de 2010
27ª do Tempo Comum
São Francisco de Assis, religioso (Memória).
Outros Santos do Dia: Caio, Fausto, Eusébio, Queremon, Lúcio e seus companheiros (mártires de Alexandria), Crispo e Caio (personagens de Corinto, citados no Novo Testamento), Marcos, Marciano e companheiros (mártires do Egito), Pedro de Capitolias (mártir), Petrônio de Bolonha (bispo).
Primeira leitura: Gálatas 1, 6-12
O evangelho pregado por mim não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo.
Salmo responsorial: 110, 1-2. 7-8. 9-10c
O Senhor se lembra sempre da Aliança.
Evangelho: Lucas 10, 25-37
E quem é o meu próximo?
Lucas nos mostra duas faces de uma mesma moeda. De um lado o ensinamento magistral sobre a misericórdia para com os mais necessitados; de outro, anuncia que os não judeus, os samaritanos, podem também observar os ensinamentos divinos e obter a vida eterna.
Estas duas faces estão em consonância com o programa narrativo do evangelho: devolver a visão aos cegos e libertar os oprimidos. Nesse sentido, as duas perguntas fundamentais do texto (como obter a vida eterna e quem é meu próximo) feitas por um Mestre da Lei, dão a possibilidade de Jesus seguir lançando as bases do verdadeiro discipulado.
As respostas de Jesus indicam quais são as exigências do verdadeiro discípulo: ser humilde, sábios e verdadeiramente próximos com aquele que sofre injustiça. Portanto, a vida eterna passa indubitavelmente pelo mandamento do amor, que tem a ver com a prática da solidariedade, da misericórdia e da justiça. Definitivamente, o verdadeiro amor ao próximo não se define por parâmetros de raça, etnia, religião ou cor, mas pelo horizonte do discipulado: o reino da justiça, a igualdade e a misericórdia divina.
Francisco de Assis é um santo singular. Destaca-se quase que com luz própria na legião dos santos. E é o santo aclamado universalmente como patrono da ecologia. Lynn White, o famoso professor de historia medieval dos anos sessenta do século passado, famoso por lançar a tese de que o cristianismo é a “religião mais antropocêntrica”, sugeriu São Francisco como patrono da ecologia por ser a figura mais ecológica dentro dessa religião tão “antropocêntrica” (quer dizer, a religião que mais submete a natureza a serviço dos interesses do ser humano).
Nestes tempos de aquecimento planetário já indiscutível, e da iminência de catástrofes que curiosamente parecem não nos amedrontar, a atitude de “reverência e cuidado com a Criação” que Francisco de Assis viveu tão intensamente, é um modelo do qual não deveremos deixar de insistir.
Missionários Claretianos
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