Jesus é o símbolo da vida e do amor para com o seu povo-Claudinei

Evangelho de Mc 5, 1-20
 

 
          Vendo o homem que perambulava por entre os túmulos diuturnamente,  logo que Jesus saiu da barca, teve compaixão e expulsou o demônio, dando a ele a liberdade para construir nova vida. Mesmo contrariando alguns que não O aceitaram sua presença, Jesus enfrenta os espíritos maus e os enviam para o mar para serem afogados.  
 
          A força divina não encontra barreira para que a paz possa reinar entre os homens da região dos gerasenos.  Assim a misericórdia de Deus é revelada para um povo que estava sofrendo por não querer libertar das tentações que manipulavam e oprimiam. "Então começaram a suplicar que Jesus fosse embora da região deles" (v 17). A presença de Jesus naquela Região ofuscava o poder de uns poucos em querer aproveitar dos mais fracos a vitalidade e o serviço para "aumentar" o bel-prazer.  As injustiças e o desprezo com os empobrecidos encabeçavam a luxúria dos poderosos e os colocavam como reis.  Assim, o rei é majestoso, forte e destemido; jamais seu poder pode ser questionado e colocado em xeque. Por isso que a insistência  para que Jesus deixe o local é forte, o poder e as posses não podem ser redirecionadas  para todos e o mundo profano envergonharia, diante de Jesus,  os males provocados para uma multidão de homens de pouca posses.
 
          A figura do demônio representa  o desequilíbrio  de uma sociedade pautada no apego aos bens materiais. Apossa-se de um bem criando simulacros de garantias eternas, pois a fé ausente nos corações não permite reconhecer em Jesus a Salvação Eterna, Aquele que vem fazer o bem e dar  segurança para uma Nova vida. Mas para ter uma Nova Vida é preciso desfazer das coisas terrenas, desapegar daquilo que aniquila o homem e preencher o coração de sangue libertador. Sangue novo capaz de percorrer todas as artérias e renovar o pulsar, dando energia e coragem para anunciar o Reino de justiça e solidariedade.  Abraçar a causa do Reino como fez o homem liberto do demônio (... o homem que tinha sido endemoniado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. v 18). Não se esconder nos pseudos  prazeres da vida e sedimentar  a ação no desconhecimento das Boas Novas de Deus.
 
          Portanto, todos são chamados para partilhar as maravilhas de Deus. O homem libertado do demônio começou pregar o que Jesus tinha feito com ele. Mostrou para si e para Deus que o amor gratuito é bem maior do que carregar os fardos das injustiças. O despojamento para com o serviço do Evangelho deve causar admiração em todos aqueles que buscam melhor condições de vida, mas, uma vida de fé e de amor.
 Claudinei