BOM DIA

BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS, MAS RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES. CRISTÃS OU NÃO.

CATEQUESE PELA INTERNET

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PESQUISAR NESTE BLOG - DIGITE UMA FRASE DE QUALQUER EVANGELHO

30 de dez. de 2010

SANTA MARIA MÃE DE DEUS - PROF. PROF. FERNANDO

Comentários do Prof. Fernando: 1ºjaneiro – solenidade de SANTA MARIA MÃE DE DEUS

oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Leituras: http://www.cnbb.org.br/liturgia/ (todas numa só Página: mouse+ctrl+Enter numa data)

01/01 Sábado: Santa Maria Mãe de Deus Nm 6,22-27 Sl 67 Gl 4,4-7 Lc 2,16-21

Dia 1º de janeiro foi anunciado em novembro de 1981 como Dia internacional da Confraternização Universal e ficou conhecido também como dia internacional da Paz porque em 1967 o Papa Paulo VI escreveu uma mensagem lançando a proposta de comemorar, a partir de 1 de janeiro de 1968, o Dia Mundial da Paz.

Dentro da chamada Globalização, que se acelera nas últimas décadas do século 20, a maior parte dos países do mundo – que seguem o chamado calendário Gregoriano – começam o novo ano civil comemorando esse feriado. Na véspera ou à meia-noite do dia 31 de dezembro é costume também festejar o que ficou conhecido como “Réveillon”, nome francês para “o despertar” de um ano novo. Todas as culturas, desde a antiguidade sempre fazem uma festa no início de um novo ano seguindo diferentes calendários, no início ligados a ciclos da natureza.

Na Babilônia há 4 mil anos que celebrava o início da primavera no hemisfério norte (em março de nosso calendário) pois era ocasião de plantio de futuras novas safras. Os gregos, depois os romanos, celebravam por volta de 21 de dezembro o renascimento do deus Dionísio, a renovada esperança pelo “renascimento” do Sol (no solstício de inverno temos a noite mais longa do ano e eles em pleno inverno oravam pela volta da fertilidade que somente o Sol poderia trazer). Foi cristianizando” os rituais pagãos de dezembro que por volta do século 4º a igreja fixou a data de 25 de dezembro para o Natal de Jesus Cristo. No Egito antigo o Ano Novo era comemorado no tempo que corresponde ao nosso mês de julho que marcava o começo da enchente anual do rio Nilo que fertilizava as terras para a plantação. Na China o Ano Novo seguindo o ciclo lunar é comemorado no final de janeiro ou começo de fevereiro. O Ano Novo judaico tem seu primeiro mês do calendário em meados do nosso mês de setembro ou outubro. O mundo islâmico, por sua vez, começa o Ano Novo no mês que corresponde ao nosso maio (aniversario da “Hégira” – quando Maomé deixou Meca e emigrou para Medina) naquele ano 622 da era cristã sendo esse o início do calendário islâmico.

Esses são alguns exemplos de que em todos os lugares e tempos cada cultura ou povo celebra o recomeço de um novo ciclo. De estações, das plantações, da vontade de renascer e começar de novo como diz uma canção de nosso compositor Ivan Lins.

A Liturgia que é a oração coletiva de toda a igreja organiza o ano a partir do ciclo do Advento como temos meditado nas últimas semanas que prepara o ciclo do Natal – no qual nos encontramos – que se encerra com o festa da Epifania, mais conhecida como dia de Reis (antes comemorado na data fixa de 6 de janeiro e, de uns anos para cá, celebrada no primeiro domingo de janeiro : em 2011 cai no dia 2 de janeiro, domingo próximo).

O dia mundial da Paz ou as festas de Ano Novo e da Confraternização Universal, está marcado para nós pela celebração de Maria, Mãe de Deus.

Ainda estamos dentro do Ciclo litúrgico do Natal de Jesus Cristo. A festa de Santa Maria Mãe de Deus teve origem provavelmente numa igreja de Roma no século 6º. O Rito romano posteriormente marcou para 1 de janeiro – “oitava” do Natal, a comemoração da Circuncisão do Menino Jesus e o Papa Pio XI em 1931 instituiu o dia dessa festa mariana para 11 de outubro por ocasião dos 15 centenários do Concílio de Éfeso que se realizou no ano de 431 de nossa era. Esse concílio ficou famoso também por concluir solenemente a proclamação de Maria como “Theotókos” que, em grego significa, mãe de Deus, depois de longas e complicadas discussões teológicas e políticas dentro da história dos dogmas sobre a natureza de Jesus como Filho de Deus e verdadeiro ser humano (que nós aprendemos no catecismo na fórmula

“uma só Pessoa em duas naturezas”. A reforma do calendário litúrgico promovida após o concílio “Vaticano Segundo” (convocado pelo papa João 23 e realizado de 1962 a 1965) essa festa foi transferida para o primeiro dia do ano na categoria de Solenidade litúrgica e com o título de Santa Maria Mãe de Deus.

Nada mais justo do que festejar – dentro do ciclo do Natal, quando celebramos o grande Mistério do começo da Encarnação da Palavra de Deus na história, isto é, o nascimento de Jesus – dar os parabéns também àquela que o gerou em seu seio. Jesus é sangue de seu sangue e, mais do que isso, ela foi escolhida para ser a primeira redimida de todo pecado e primeira discípula de seu filho. Cheia da graça do Espírito Santo de Deus, ela soube acolher a mensagem divina que lhe trouxe um mensageiro ou anjo. Ela aceitou o que aos olhos comuns podia ser considerado fruto do pecado, objeto de castigo a ponto de José querer abandonar sua noiva para que não fosse castigada pela dura lei existente então. Todos os que aceitam a fé com amor e confiança na bondade de Deus seguem o caminho aberto por essa Mãe extraordinária. Primeiro José que também escuta a palavra do mensageiro que o tranqüiliza em sonhos e o encarrega de proteger sua família. Depois os profetas Simeão e Ana que proclamam a realização das promessas naquele menino que Maria leva no colo. Depois virá o Batista, aquele primo de Jesus só três meses mais velho que ele, cuja missão será apontar aos que esperam o Ungido de Deus, o Messias, como o verdadeiro Cordeiro de Deus que resgata o mundo de suas mazelas e, finalmente, da morte.

As leituras nesta solenidade falam de bênção e da paz que só Deus pode dar. Não são roupas novas, nem uvas, nem pisar o ano novo com pé direito que nos aproximam da paz. Todos esses ritos são expressões culturais que demonstram o desejo de todos na esperança de um ano Novo que começa no calendário comum. Mas repitamos como no livro dos Números para nossos familiares e amigos o que foi dito a Moisés: Ao abençoar os filhos de Israel, dizei-lhes:

· O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!’

Paulo, na carta aos Gálatas relembra a liberdade que nos foi dada:

· Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de

resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva.

Finalmente, vamos pedir a graça de aprender como a Mãe de Deus e, se dela nasceu aquele que nos deu a “filiação” como disse Paulo, ela é também nossa mãe:

· Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração

Mesmo entre brilhos e barulhos de fogos de artifício; entre dança e festas; entre ceias de Réveillon e o almoço em que se encontram os mais velhos com muitas crianças alvoroçadas em algazarra; entre músicas ou junto ao rádio ou à TV, ligados para acompanhar a posse de novos políticos no poder; entre tantos eventos, enfim, de mais um fim de semana nesse “feriadão” entre Natal e festas de final de ano, nós possamos encontrar uma brecha de silêncio. Para que ele nos conduza ao coração onde encontramos os sentidos do Mistério. O Mistério da vida à luz do Mistério do Natal. Para nos ajudar nessa tarefa, vamos ler a seguri trechos de um discurso, feito pelo papa Paulo VI numa visita à cidade de Nazaré, em Israel. Lembremos que esse papa foi um dos mais empenhados na Paz mundial e foi ele quem propôs (1967) a comemoração do dia mundial da paz a cada 1º de janeiro, mais de 10 anos antes que a ONU decretasse o feriado mundial pela Confraternização Universal mas que demonstra que igrejas, governantes e povos, todos estamos em busca da paz. Que Santa Maria Mãe de Deus nos leve pela mão para aprender, de Nazaré, os melhores caminhos para alcançar a Paz.

[ palavras de Paulo VI, em tradução livre em discurso proferido em 5 de janeiro de 1964: ]

“(Aqui, nessa escola de Nazaré) desejamos ardentemente recomeçar, junto a Maria, a aprendar a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das divinas verdades! (...)

(Aqui recolhemos alguns ensinamentos dessa casa de Nazaré.

Em primeiro lugar ela nos ensina o silêncio.

Ah! Se em nós renascesse o apreço pelo silêncio, atmosfera admirável e indispensável do espírito: enquanto estamos aturdidos por tanto barulho, rumores e vozes gritando na agitada e tumultuada vida de nosso tempo.Ah! Silêncio de Nazaré, ensina-nos a ficar firmes nos bons pensamentos, voltados pra a vida interior, prontos para escutar bem as inspirações secretas de Deus e as exortações do verdadeiros mestres. Ensina-nos quanto são importantes o trabalho de preparação, a dedicação, a meditação, a interioridade da vida, a oração, que só Deus vê em segredo.

Aqui compreendemos o modo de viver em família. Nazaré nos lembra o que é a família, o que é comunhão de amor, a sua beleza austera e simples, o seu caráter sagrado e inviolável; que nos faça ver como é doce e insubstituível a educação em família, nos ensine a sua função natural na ordem social.

Que aprendamos, enfim, a lição do trabalho. Ah! Residência em Nazaré, casa do Filho do carpinteiro! Aqui, principalmente, desejamos compreender e celebrar a lei, certamente dura mas redentora do humano cansaço; aqui, queremos valorizar a dignidade do trabalho de tal modo que seja provada por todos; desejamos recordar sob esse teto que o trabalho não pode ser fim em si mesmo, mas que ele deriva sua liberdade e importância, não apenas daquilo que se chama valor econômico, mas também daquilo que o dirige ao seu fim mais nobre; aqui, finalmente, queremos saudar os operários do mundo todo e mostrar-lhes o grande modelo, o seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas que lhes interessam: Cristo nosso Senhor.”

oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

( Prof. FernandoSM, Universidade Santa Úrsula, Rio, fesomor2@gmail.com )

Nenhum comentário:

Postar um comentário