24 de Agosto
Evangelho João 1, 45
Nas Redes sociais sempre há um estímulo para o seguimento de alguém, de suas ideias e ideologias, seu jeito de pensar e de agir. Esse estímulo vem na forma de convite em todas as demais ferramentas sendo possível ligar Blogs e sites a ferramentas interessantes como o facebook, por exemplo. O evangelho mostra-nos a vertente dos primeiros anúncios feitos sobre Jesus, e como ele foi acolhido e teve consequências na vida das pessoas.
Claro que o modo de se fazer o anúncio é importante, ninguém irá acreditar em um pregador desanimado, porém, o primeiro anúncio deve levar o outro a experiência com Jesus, senão o processo não se completa. Há muitos cristãos que são entusiasmados por Jesus por causa do anúncio que ouviram, feito de maneira eloquente por um pregador do evangelho, entretanto há sempre o perigo de uma tentação perigosa, do pregador atrair as pessoas para si, embora fale de Jesus.
Aqui é importante lembrar do testemunho de João Batista, que apontou Jesus a seus discípulos "Eis o cordeiro e Deus, que tira o pecado do mundo..."entre esses estava André, irmão de Pedro que anunciou a esse, fazendo dele um discípulo do Senhor. Quando Natanael retruca o primeiro anúncio, com uma afirmação até maldosa, marcada pelo preconceito "De Nazaré poderá vir alguma coisa boa...", Filipe, que era um bom pregador, chama-o para fazer a experiência querigmática da comunidade "VEM E VÊ". Isso é direcionar a pessoa a Jesus... Não a chamamos para o nosso movimento, para a nossa pastoral, para a nossa associação, para esse ou aquele ministério, mas para fazer a experiência profunda com Jesus. Qual é a diferença?
Quando no centro doanúncio está a nossa pessoa, ou o nosso movimento, ou uma forma de eclesiologia, um dia a pessoa irá descobrir que nós não somos perfeitos, que o movimento não é perfeito, que a pastoral ou associação religiosa, embora sempre fale de Jesus, não vive cem por cento as verdades do evangelho. O movimento ou equipe, ou o pregador, não conhece o coração da pessoa, vai trabalhar apenas com aquilo que nela é aparente e um dia também irá se decepcionar, quando a verdade vem a tona e se descobre que aquela pessoa convertida, não tem o perfil que o grupo exige, a esse respeito, quantos fracassos, quantas desistências, quantas rupturas e maledicências....
Jesus conhece o coração, conhece a pessoa por dentro, sabe quem ela é, e o mais bonito, a alcança primeiro que o anuncio do pregador, por isso a chama não apenas para fazer uma experiência religiosa, mas para viver uma vida de comunhão íntima na Vida de Deus... e isso é muito diferente de uma simples experiência religiosa, não se fala aqui de uma metamorfose mas de uma metanóia, mudança de coração e mentalidade por causa da experiência com Jesus.
A reflexão faz-nos um apelo muito sério para rever nosso método de evangelização. A comunidade deve sempre ser lugar de se fazer a experiência com Jesus, motivada pelo anúncio e testemunho, é preciso corrigir esse método, para que as pessoas sejam realmente tocadas por Jesus, sua graça e Salvação, pois simples experiências religiosas não passam de uma Fábrica de Ilusões...
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