Foi declarado feliz aquele para quem Jesus "não for ocasião de queda” e o acolher na condição de Messias, tornando-o mediação da experiência de Deus. Igualmente feliz quem não se escandalizar com o seu testemunho de Messias dos pobres e marginalizados, em consonância com a pregação dos profetas.
Por romper com os estritos padrões religiosos, o comportamento de Jesus desconcertava muitos judeus piedosos. O contato com os doentes e enfermos, considerados punidos por Deus por causa de seus pecados, era tido como veículo de impureza. Os leprosos eram especialmente malvistos. O conflito com pessoas possuídas por espírito malignos podia deixar transparecer que Jesus pactuasse com as forças do mal. A proximidade das pessoas de classes sociais inferiores e sua manifesta solidariedade com elas eram tomadas como indício seguro de que, como seus admiradores, o Mestre ignorava as coisas de Deus e desconhecia a Lei. Portanto, seu infrator.
Quem observava o modo de ser de Jesus, sem a devida cautela, tinha tudo para considerá-lo ímpio. Mas quem considerasse atentamente o resultado de sua ação tinha motivos para louvar a Deus pelas maravilhas que realizava. Pelas mãos de Jesus, eram operados prodígios dignos do Filho de Deus. Bem-aventurado seria quem o reconhecesse como Messias. Para tanto, era preciso estar profundamente sintonizado com Deus.
Oração
Pai, enviastes teu Filho ao mundo, na condição de Messias dos pobres. Que eu saiba reconhecê-lo no gesto simples de solidariedade com os pobres e sofredores.
Pe. Jaldemir Vitório
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