SERÁ QUE NÓS ACOLHEMOS OU EXCLUÍMOS?
Jesus, nesta passagem do evangelho de Lucas, questiona os fariseus sobre o que é mais importante entre o cumprimento irrestrito da lei ou a ação de fazer bem ao próximo. "A Lei permite curar em dia de sábado ou não?" Embora Ele não recebesse nenhuma resposta e também não respondesse verbalmente, sua ação foi esclarecedora. "Tomou o hidrópico pela mão, curou e despediu-o".
Esse mesmo questionamento nós temos hoje, muitas vezes dentro de nossa própria comunidade, sobre o nosso comportamento perante as pessoas marginalizadas ou que não vivem em rigorosa comunhão com as leis da Igreja, como os divorciados e casados em segunda união. Será que nós damos o devido acolhimento a essas pessoas ou pensamos apenas em reprová-las e segregá-las? Esse acolhimento não significa, em absoluto, nossa aprovação ao estado de vida em que elas estão, mas significa "tomá-las pelas mãos" na esperança de que Jesus as cure e tenham a reintegração plena à comunidade com a participação sacramental.
José Machado Filho
www.relexaoliturgiadiaria.blogspot.com
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Por isso, a exemplo de Jesus, acolhamos os pecadores e com eles façamos refeição... (Lc 15,1-10) (06/11/08)
No evangelho de hoje Jesus nos narra dois belos exemplos em parábolas um deles é do pastor de ovelhas que tendo cem e uma delas se perde, qual pastor não deixará as noventa e nove no deserto para buscar a que se desgarrou? A outra é da mulher que tendo dez moedas de prata e perde uma, por ventura não acenderá a lâmpada e procurará até encontrá-la? E finaliza as duas parábolas mostrando-nos que nos dois exemplos houve grande alegria após o encontro, e ainda conclui dizendo: "Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão." e ainda "Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte."
Se analisarmos o evangelho de hoje e colocarmos em prática na nossa vida, veremos que muitas vezes falta em nós esse pulso forte de pastor quando tantos ao nosso redor se distanciam da caminhada e nós tampouco damos importância para buscarmos e mostrar-lhes, às vezes insistentemente, como o pastor e a mulher do evangelho, que esse é o seu lugar e que só em Cristo teremos alegria e vida plena. Portanto, olhemos para nós e escutemos a voz de Deus a nos mostrar aqueles que Ele tem nos dado a missão de sermos pastores, e nos comprometendo com o Reino de Deus seremos co-participantes da Alegria do reino de Deus pela conversão dos pecadores.
Por isso, a exemplo de Jesus, acolhamos os pecadores e com eles façamos refeição...
A paz de Cristo ao seu coração!
Cristo Ressuscitou! Em verdade Ressucitou!!!
Wallison Medeiros
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Certos tipos de demônio só podem ser expulsos pela... (Mc 9,14-29) (19/05/08)
Certos tipos de demônios só podem ser expulsos pela...
O Evangelho de hoje narra a passagem em que Jesus expulsa um espírito mau de um menino. O evangelista Marcos diz que os outros discípulos já haviam tentado expulsar este espírito mas não conseguiram, por isso a multidão se aglomerava e provocava um tumulto em torno da situação.
A descrição de São Marcos para aquilo que o espírito mau provocava no menino é bastante semelhante ao que hoje chamamos de convulsão, que é uma descarga neural descontrolada que faz com que o cérebro perca o controle da função, de acordo com a área cerebral acometida. Existem vários tipos de convulsão, desde aquelas mais leves, na qual o indivíduo tem um lapso de ausência, e depois torna à consciência sem lembrar o que aconteceu, até as mais graves, que se caracterizam por espasmos violentos, que produzem movimentos involuntários, descoordenados e bruscos em todo o corpo, além de salivação excessiva (boca espumante), punhos e dentes cerrados e descontrole dos esfíncteres. Quando as convulsões são recorrentes, adquirindo um caráter crônico, o indivíduo pode estar sendo acometido por um quadro chamado de epilepsia.
Como nada disso era conhecido na época de Jesus, as pessoas tinham muito medo desse tipo de fenômeno, e associavam isso a um espírito mau que acometeu a pessoa. Ainda hoje, em algumas localidades onde não chegou o conhecimento médico, as convulsões ainda são associadas a ataques demoníacos. Eu mesmo, quando era criança, presenciei um ataque convulsivo de uma menina adolescente, na cidade onde eu morava. A família tentou abrir as mãos e os dedos dela e amarrá-la na cama, mas como não conseguiram, isolaram a menina dentro do quarto até que ela parasse de se contorcer, se debater e falar coisas incompreensíveis, pois acharam que ela estava possuída.
Jesus, portanto, teria realizado mais do que a "expulsão de um espírito mau", mas a cura de uma doença grave e incapacitante.
Com todo o avanço da medicina moderna, este tipo de "espírito mau" não provoca mais tanto medo como antigamente. Por isso o nosso saudoso Padre Léo, em uma de suas pregações, disse que "o encardido mudou o seu modus operandi", ou seja, mudou o seu modo de agir. Hoje em dia ele é bem mais sutil. Ele está arrumando diversas formas de entrar dentro das famílias e desestruturá-las, causando desunião, intrigas, separações... E quando percebemos, já é tarde demais... E para esse tipo de espírito mau, Jesus tem a solução no último versículo do Evangelho de hoje: "Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração."
Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com
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