PURIFICAÇÃO

13 DE OUTUBRO TERÇA-FEIRA


Lc 11,37-41

Um fariseu o convidou Jesus para jantar na casa dele não por cortesia ou por reconhecê-lo como o Filho de Deus. Mais para observar se Jesus cometia alguma infração que ferisse as tradições religiosas. E aí, Jesus foi e sentou-se à mesa, sem lavar as mãos. Para os Judeus, este gesto não era necessariamente um hábito de higiene, mas sim, uma cerimônia de purificação. Por isso que o ariseu ficou admirado quando viu que Jesus não tinha se lavado antes de comer.

Embora Jesus estivesse visitando aquele homem, responde-lhe de forma contundente:
“Vocês, fariseus, lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro vocês estão cheios de violência e de maldade.”

Jesus não tinha medo de se investir verbalmente contra as atitudes e críticas dos escribas e fariseus.

Prezadas irmãs e prezados irmãos. Nós também temos a péssima mania de ficar reparando os defeitos das pessoas.

Festa de casamento. Na sala de estar, pouco longe do barulho da música, aquelas senhoras muito chiques conversavam, ou melhor, trocavam idéias sobre os defeitos, segundo elas, das demais pessoas presentes: Olha só o vestido daquela. Parece o vestido da Maria Antonieta! kkk. Repare naquele casal. Ela é bem mais alta que ele. É mesmo! Acho que ele tem de usar um banquinho... He He. E aqueles dois. Ela bebe cerveja e ele o que está bebendo? Suco de laranja. Será que ele está...

Que feio! Com certeza aquelas senhoras não eram cristãs. Pois quem imita a Cristo, não se comporta deste jeito.

Para Jesus, a caridade é muito mais purificante que o ato de lavar mãos e pratos de forma exagerada. “Portanto, dêem aos pobres o que está dentro dos seus copos e pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês. “

É óbvio que Jesus não está dizendo que não precisa lavar mãos e pratos. Mas está criticando o exagero dos fariseus, a ignorância religiosa, e o fato deles serem pessoas más se fazendo passar por pessoas santas.

Para nos purificar periodicamente, temos a confissão que nos foi deixada por Jesus Cristo. Não deixemos para nos confessar somente na época do Natal ou da Semana Santa. Uma vez por mês é uma boa pedida, pois os pequenos pecados, os veniais, vão se acumulando de tal maneira que forma um grande volume dentro de nós, embaçando a claridade da nossa alma, e dificultando–a de receber as inspirações de Espírito Santo.

Sal