O FORASTEIRO DE NAZARÉ

24 DE SETEMBRO

Não confundiremos Herodes, o Grande (governador de toda a Síria que teve seu mandato vitalício até a infância de Jesus) de Herodes Antipas, descendente legítimo e sucessor na terra da Galiléia, mas de caráter vaidoso, festeiro e bajulador da alta classe romana.
O personagem dessa narrativa é de Herodes Antipas. Jesus tinha feito boas obras, como dizia uma das epístolas cristãs mais famosas: provo minha fé através de minhas obras. E isso não é diferente na personalidade de traços fortes do mancebo Jesus.
Alguém que trabalhava pela solidariedade do povo e atestava seu grau de amor sendo capacitado constantemente a realizar milagres físicos e psicológicos. Parábolas de fácil entendimento numa catequese orgânica e perfeita para as necessidades locais. O temperamento sincero e verdadeiro, mas também sensível e compreensivo com todos. Esse era Jesus, quem a população já o confundira como rei.
Nessa passagem, em especial, os semitas e até uma parcela dos pagãos dizia que ele era o célebre Elias - já que se acredita que o profeta fora o primeiro a ser arrebatado em meio a uma carruagem de fogo para o reino celeste. Outros, mais novos, anunciavam que o forasteiro de Nazaré se tratava do retorno daquele que batizava nas águas. E certamente a popularidade de Jesus segmentava com quem fosse a favor ou contra ele.
O contexto em si era tão rico em movimento que o nome do Último Profeta soou próximo do ouvido do monarca. E é a primeira passagem em que se mostra no líder político interessado em conhecer o mais notável líder religioso. Os versículos servem para verificar a importância da presença de Jesus na região a ponto de despertar curiosidade em Herodes. E, como já disse, isso se deve ao testemunho de vida do Santo Cristo.
Em todas as épocas, a condição humana é negativa, e costumamos então exaltar bons exemplos - o que deveria de fato ser feito, mas não fazemos por nossa preguiça, orgulho, soberba e outros pecados e erros que cometemos a todo instante. Que Deus faça com que possamos também ser lembrados pelos nossos iguais a partir de nosso bom caráter, e que tenhamos sempre coragem para sermos bons cristãos, amém. (Lincoln Spada)