FALSOS PROFETAS, CEGOS OU SIMPLESENTE VALORIZADORES DA SIMPLICIDADE?
(Mt 23,13-22)
Falar do evangelho de hoje é falar dos falsos profetas que, como os mestres da Lei e fariseus hipócritas, muitas vezes não conseguem passar pela porta estreita do Reino dos Céus e mais do que isto, arrastam consigo aqueles que tinham intenção, ou ao menos a esperança, de passar por esta porta. O Reino dos Céus é algo desejado por todos os cristãos, mas só é possível vislumbrá-lo quando agimos com atitudes merecedoras de tamanha recompensa: amor, mansidão e paz. Ai daqueles que resgatam vidas para Cristo, mas, antes mesmo que estas estejam plenamente enraizadas no verdadeiro amor, as tornam iguais a si nos falsos testemunhos, falsas palavras e falsas atitudes. Não por desconhecerem as palavras de Deus ou o amor do Cristo, mas por estarem cegos diante dos "ouros e tesouros" da vida. Desta forma, estas pessoas ao invés de guiarem os amigos para os caminhos de Cristo, os arrastam para os interesses mundanos, disfarçados por uma bela capa e de santidade. De que vale encantar-se pela imagem, entretanto não ser capaz de valorizar o interior das pessoas. Afinal, o que no fim das contas resta? "Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o Templo que santifica o ouro?" "Cegos! O que vale mais: a oferta, ou o altar que santifica a oferta?" O que fornece mais beleza a imagem exterior é a força e potencialidade que emana do ser, da alma do interior. De que vale valorizar o ouro e perder o Reino dos Céus? Seja este reino um verdadeiro amigo, uma família amorosa, um trabalho gratificante, um filho saudável... e tudo que possamos imaginar de bom que o dinheiro não pode comprar!
Manuele Jardim Pimentel
www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário