16 DE OUTUBRO SEXTA-FEIRA
Lc 12,1-7
Temos várias lições a tirar do evangelho de hoje. Primeiro vamos analisar em que sentido Jesus recomenda para que os discípulos tivessem cuidado com o fermento dos Judeus. O fermento faz crescer o pão. Jesus compara essa característica do fermento, com a capacidade que os Judeus tinham de enganar as pessoas fazendo crescer cada vez mais nas suas mentes, uma imagem deles de seguidores perfeitos da Lei e das tradições religiosas, mais na verdade isso não passava de uma grande hipocrisia. Na realidade é uma imagem da forte ideologia de poder, da tradição das sinagogas e do templo de Jerusalém, que impregna a cultura dos discípulos oriundos do judaísmo. Eles eram ávidos desse poder e se sentiam ameaçados pelo poder de Jesus advindo do Pai.
Jesus sabia tudo que se passava na mente daqueles hipócritas, sabia tudo o que eles andavam fazendo nas horas vagas, por isso disse que “Tudo o que está coberto vai ser descoberto, e o que está escondido será conhecido... Os escribas, fariseus, sacerdotes e doutores da Lei, enganavam as pessoas mas a Jesus, não enganavam.
É triste pensar que isso também acontece conosco. Podemos passar uma imagem de perfeitos, de devotos, de seguidores de Jesus, mas nas nossas horas vagas, podemos fazer coisas totalmente contrárias daquela imagem que mostramos em público. E Jesus que vê tudo, hoje nos avisa que um dia tudo o que somos e fazemos às escondidas, será publicado para todos saberem.
Já pensou nisso? Já imaginou se todos souberem o que temos feito nas nossas horas vagas?
Jesus encoraja os discípulos para não terem medo daqueles que são poderosos e que matam o corpo, mais não conseguem fazer nenhum mal à alma. Porque perigoso mesmo são aqueles que destroem a nossa alma. Aqueles que estão infiltrando nas mentes dos nossos jovens, valores anticristãos, ou para ser mais exatos, eles destroem a verdadeira escala de valores e em seu lugar instala uma escala de anti-valores. É desses que devemos nos preocupar e ter medo, nos prevenir e tentar prevenir os nossos jovens enquanto é tempo. São os anti-valores do acasalamento em vez do casamento, da rebeldia em excesso, no lugar da caridade, da resolução dos problemas vitais através da violência, em vez de recorrer à proteção soberana de Deus. Nossos jovens seguem direitinho o que aprendem dos filmes que lhes ensinam todas essas coisas, que somadas ao desemprego causado principalmente pela substituição do trabalhador pela máquina, compõe a grande onda da moda dos tempos atuais. Nossos jovens não têm culpa por que estão sendo usados para destruir a família. Eles só estão seguindo a moda atual. Porque jovem gosta de andar na moda. E, infelizmente, a moda que temos para seguir é essa.
E, lamentavelmente, pouca ou nenhuma coisa podemos mais fazer por estes jovens, que já chegaram a um ponto de difícil retorno. Em alguns casos, só nos resta rezar muito por eles.
Sal
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