03 DE SETEMBRO QUINTA
Só eu que senti o final dessa passagem como algo de teor vocacional? Bem, falar de vocação é falar de habilidades. E habilidades existem duas formas para serem adquiridas. A primeira é aquela que nasce naturalmente com a pessoa, desde bebê. Todos já sabem do filho da vizinha que desenha bem desde pequenino; a neta de sua tia de segundo grau que já dançava no Youtube com apenas três anos (ao ouvir o Latino e sua festa lá num apê).
A outra forma de ganhar a habilidade é aprendendo, com esforço, e daí já conhecemos outros diversos casos. O rapaz que tinha habilidade com as mãos e aprendeu a tocar guitarra como o Hendrix. O universitário íntimo da química que sempre tem bons resultados no laboratório. A moça que é tímida mais fez cursos e agora é uma atriz com tamanho profissionalismo. Aliás, o profissionalismo suscita dessa necessidade que temos em explorar nossos potenciais, nossas habilidade que talvez nunca reparamos noutros dias. Simão, o futuro e promissor Cefas, também tem um ótimo conhecimento em gerenciar - era o líder dos pescadores de sua aldeia, lembra-se? E muito mais do que o poder administrativo, Simão tinha a forte característica de ser exemplar. Daí, Jesus ao pousar em sua barca e, depois de uma tarde falando em parábolas sobre o Reino, pede para que os pescadores saiam mar adentro. Simão acata o pedido e vendo no milagre do alimento de cada dia crê em Nosso Senhor. Ponto ideal para que Cristo fizesse o convite informalmente: siga-me. O convite, o chamado, a vocação.
Tudo se assemelha quando Jesus depara com as habilidades de Simão Pedro. Jesus, sim, poderia fazer tudo sozinho - ele é Deus. Mas ele quis precisar dos amigos, quis precisar da habilidade de Pedro, e portanto, vocaciona-o para tal tarefa. E o pobre pescador aceita com firmeza sua vocação de ser Cristo perante todos. Por fim, que nós sejamos como Pedro e saibamos explorar nossa vocação em prol à evangelização, amém.
(Lincoln Spada)
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