14 DE SETEMBRO - SEGUNDA-FEIRA
”Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.”
Quando dizemos temor de Deus, geralmente esta expressão causa um duplo efeito nas pessoas dependendo da sua criação, e da sua formação religiosa. Para uns, a afirmação temor de Deus está associada a um Deus rigoroso, que nos causa muito medo, que nos faz andar certinhos senão o castigo virá. Porque Deus castiga como dizia a minha avó. Assim temos a imagem de um Deus tirano, severo e vingativo, que nos penaliza se fizermos coisas erradas.
Já para outros, o temor de Deus nos conduz a figura de um Pai bondoso, que tolera tudo, e que nos perdoa. Não precisamos esquentar a cabeça, por Deus é amor. Podemos aproveitar a vida a vontade, pecar bastante, e depois é só procurar um sacerdote, confessar, e “ tá limpo, cara!” beleza pura. Ser cristão é só alegria, moleque! Agora é só fazer as boas obras e esperar a recompensa de Deus.
Nem tanto ao mar nem tanto a terra. Precisamos atinar ao meio termo destas duas concepções sobre a imagem de Deus. Jesus veio ao mundo para que ele seja salvo por ele, isto é, Ele nos deixou tudo o que necessitamos para nos salvar: Deixou um manual de instruções. Imagine que você comprou uma televisão moderna, tela widescreen 16:9, com várias saídas incluindo HDMI, com muitos recursos. E agora? Você está diante daquela “belezura” que é fruto da tecnologia moderna, e não sabe exatamente para que servem tantos botões e conexões. O que você tem de fazer? Consultar o manual de instruções, o qual foi feito por aquele que sabe como funciona aquele aparelho, pois foi ele quem o inventou. Sabe quem? Ele mesmo! O fabricante.
Jesus é Deus, e como ninguém, Ele sabe exatamente como funciona a nossa mente conjugada ao nosso corpo. Por isso deixou-nos um manual de instruções, que é o Evangelho, no qual está escrito tudo o que precisamos fazer e evitar para que um dia possamos merecer a vida eterna.
Além disso, Jesus nos deixou a Igreja com os sacerdotes para nos orientar e nos perdoar, e converter o pão no corpo de Cristo para nos alimentar a alma e o corpo.
Então, o temor de Deus, está parecendo mais um respeito por aquele Pai que nos ama, que nos convida a trilhar o caminho certo, mais que pode por instantes retirar de nós a sua mão protetora, e é aí que as coisas acontecem, como aconteceu ao filho pródigo quando estava cuidando dos porcos. Porque Deus é amor, mais Ele é justo. Deus não castiga, nós é que nos metemos em encrencas por nossas próprias mãos. Deus não nos abandona. Nós é que nos afastamos de Deus.
Concluindo. A prática da vida moral, animada pela caridade,dá ao cristão a liberdade espiritual de filhos de Deus. Não precisamos nos posicionar diante de Deus como um escravo em temor servil, nem tampouco como um mercenário à espera do salário (recompensa), mas como um filho que responde ao amor daquele que nos amou tanto a ponto de entregar o seu filho por nós.
Sal
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