05 DE MAIO
Evangelho - Jo 15,1-8
Como sabemos, Jesus é o próprio Deus que assumiu a natureza humana. E Ele inculturou-se, isto é, falava a mesma língua do lugar e do povo daquela época, incorporando a sua cultura. Por exemplo. Antigamente, o povo acreditava que os espíritos balançavam as folhas das árvores, se manifestando na forma de vento. Jesus respeita isto e diz aos apóstolos: "Assim como o Pai me enviou, eu vos envio...", e ASSOPRANDO SOBRE ELES, acrescentou. "Recebam o Espírito Santo..."
Jesus também inventava estórias conhecidas como parábolas, usando figuras de linguagens relacionadas às coisas do dia-a-dia do povo daquele lugar. O Semeador... O bom samaritano...etc.
Nesta passagem do Evangelho da liturgia de hoje, Jesus nos compara aos ramos de uma árvore. Pois na verdade, o ramo que for separado da árvore vai murchar, secar ou morrer. Nós também vamos murchar, e antes de secar como o ramo desgarrado da árvore, nosso olhar vai perder o brilho, nossa coragem vai enfraquecer, o nosso sorriso não terá a menor graça, quando não estamos em estado de graça, ou quando nos separamos voluntariamente da videira que é Deus,
"Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."
Quando vou explicar esta parte do Evangelho eu costumo levar na mão um galhinho de qualquer planta ou árvore. Começo minha conversa perguntando aos meninos e meninas o que vai acontecer com aquele ramo.
Caros irmãos. Nós catequistas missionários da palavra de Deus, não conseguiremos dar frutos, não conseguiremos passar adiante com sucesso a mensagem de Cristo se não estivermos conectados, ligados, à árvore que é Deus.
E tem mais! Jesus jogou pesado nessa!
"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará"
Sem dúvida, o fruto que Jesus está se referindo, aí, é a nossa participação na continuidade do seu trabalho. A nossa contribuição na evangelização não só por palavras, mais também com atitudes.
Em outras palavras, da mesma forma que o ramo murcha se for desligado da árvore, nós também murchamos se nos desligarmos de Deus e o pior, não vamos dar frutos, ou vamos produzir péssimos frutos. Minha palestra, meu encontro com os jovens, meu sermão só serão bons, se eu permanecer ligado ao Pai. A partir do momento em que eu me afasto de Deus, todo o meu trabalho de evangelização cai por terra. Eu serei aquele sal que perdeu o sabor como exemplificou o Mestre. Porque, na verdade, não sou eu quem falo, mas sim, o Espírito de Deus que fala por mim. Se o Espírito Santo não está mais em mim se eu o expulsei pelo pecado, eu estou só, sem Deus. Portanto, sem Ele não farei absolutamente nada que preste.
Vamos dar tudo de nós para que nunca aconteça de ficarmos também desligados da videira, para que não sejamos como os ramos que serão cortados.
Sal
CONCLUSÃO:
O verdadeiro evangelizador tem plena consciência de que ele não atua por suas próprias forças. Também sabe que a missão à qual participa não é uma missão sua ou mesmo humana. Jesus é o grande missionário do Pai e todos nós participamos da tríplice missão de Jesus pela graça do Batismo. Por isso, só podemos produzir frutos para o Reino de Deus, frutos que permanecem para a vida eterna, se estamos unidos a Jesus para participar da sua obra. Se nos separamos de Jesus, deixamos de realizar a obra do Reino para realizar a nossa própria obra, e o resultado disso é o fracasso de todos os nossos esforços. (FONTE:C.N.B.B.)
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