17 de Maio
Evangelho - Jo 16,29-33
Os amigos de Jesus finalmente dizem crer que O Mestre é o Filho de Deus. Jesus enquanto Deus conhecia o futuro, sabia de tudo o que estaria por vir. Ele sabia o que iria lhe acontecer. Sabia que os seus discípulos se dispersariam com medo. Sabia que Pedro iria negá-lo três vezes. Porém sabia também que apesar da covardia dos amigos Ele não estaria sozinho. “Mas eu não estou só; o Pai está comigo.”
Nós também precisamos confiar na companhia de Deus. Na sua proteção nas horas difíceis da vida, e também no nosso último momento. Os apóstolos estavam confiantes. ”Por isto cremos que vieste da parte de Deus.” A nossa confiança precisa ser firme, não devemos nunca vacilar na fé. Jesus não nos enganou. Avisou-nos que teremos problemas mais que para enfrentá-los precisamos confiar, acreditar e rezar muito.
“No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.”
Podemos vencer as aflições do mundo com coragem e muita oração. Como cristãos engajados no plano de Deus, devemos firmar o compromisso sincero de amar a Deus e ao nosso semelhante, evangelizar por palavras e por atos. E, para poder alcançar a força e a graça de amar o nosso irmão, acolhendo-o, suportando-o, nós precisamos rezar. A oração é o alimento da nossa fé que nos é mais acessível. Isto porque, mesmo que se eu fosse analfabeto impedido de ler a palavra de Deus, eu poderia rezar. Mesmo que onde eu morasse não houvesse nenhum templo onde pudesse receber a eucaristia, mesmo assim, eu poderia alimentar a minha fé pela oração.
Rezar é falar e ouvir Deus no mais íntimo do nosso ser. Por isso, para rezar, é preciso recolhimento. O nosso corpo também reza.
O mestre nos alertou para a necessidade de oração constante. Disse: ”Vigiai e orai. O espírito está preparado mas a carne é fraca”. “Pedi e recebereis, batei e abrir-se-vos-à”. Jesus enquanto Deus não precisava rezar. Mas, para nos dar o exemplo, se recolhia por horas a rezar em lugares solitários. A nossa vida sem oração torna-se uma vida sem sentido E a pior coisa é viver sem sentido. Quando não rezamos, tudo corre mal. Por outro lado, Deus nos chama sempre, nos conduz à súplica, permitindo que nos aconteça a adversidade. Por que ele sabe que quando a coisa fica preta, nós nos lembramos dele. Tem gente que só reza quando a casa pega fogo, quando perde o emprego, quando é seqüestrado, etc. Deus é o Sinai da nossa vida. Ele é, tanto o fogo que abrasa, como a brisa que refrigera.
Devemos reservar um bom momento do nosso dia dado por Deus, para falar com Ele. Pedir perdão, louvar, agradecer, suplicar, fazer uma leitura espiritual, criar um clima de silêncio de liberdade interior de esvaziamento do nosso eu de pobreza de espírito, para poder sintonizar o dono do mundo.
Orar é também orar “com”. Com a família, com os catequizandos, com a comunidade.
Sal
CONCLUSÃO
Muitas vezes proclamamos com orgulho a nossa fé e procuramos vivê-la da melhor forma possível através da prática da caridade e da participação na vida comunitária. Mas seria um grande engano acreditarmos que estamos prontos para vencer todos os desafios que poderão ser propostos para a nossa fé. Os discípulos acreditaram em Jesus, no entanto fraquejaram diante da cruz. Nós devemos ter consciência que Jesus venceu o mundo, mas nós não o vencemos, e nem poderemos vencê-lo. A vitória sobre o mundo é obra de Jesus, temos que acreditar nisso e participar da sua obra para que, com ele, também nós sejamos vencedores. (CNBB)
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