15 E MAIO
Evangelho - Jo 16,23b-28
Jesus nos recomenda que devemos pedir ao Pai em seu nome, e que tudo que pedirmos ao Pai em seu nome, receberemos. É importante repetir o que já escrevemos em outra reflexão, sobre a validade da oração. Nós só não recebemos quando pedimos, se o fizermos para desafiar Jesus. Nota que por três vezes ou mais, Jesus deixou de atender pedidos para fazer milagres.
1-Quando os fariseus o pediram um sinal(milagre) do Céu. Jesus não atendeu este pedido e ainda os chamou de raça de víbora...
2-Jesus nega atender a solicitação de um dos Zelotas que disse mais ou menos assim: Jesus faça aparecer aqui um batalhão de soldados para expulsar os romanos...
3-Jesus não fez nada quando Herodes o desafiou, dizendo: Faça trovejar. Quero ver se você é poderoso mesmo...
Também não seremos atendidos em nossos pedidos mesmo que o façamos em nome de Jesus, se pedirmos sem devoção e fé. Se pedirmos um coisa que não está no plano de Deus, ou uma coisa injusta.
Os Evangelhos nos transmitem uma série de ensinamentos de Jesus sobre a oração.
Segundo o costume do seu povo, Jesus rezava de manhã, à noite, antes e depois das refeições como os evangelhos indicam na multiplicação dos pães e na última Ceia.
Todos os sábados se dirigia à sinagoga tomando parte nas orações feitas em comum. Participava também nas cerimônias do Templo de Jerusalém.
Os evangelhos apresentam-nos Jesus rezando de uma maneira espontânea e pessoal, conforme os acontecimentos e circunstâncias. A sua oração explodia em plena vida: era com os apóstolos de regresso da missão confiada (Lc10,21), junto do sepulcro de Lázaro (Jo 11,4142), ao longo de uma vigília (Jo 17), a caminho do Horto das Oliveiras (Lc 23,24), na noite em que foi preso (Mc 35,39), e até sobre a cruz pedindo pelos seus algozes (Lc 23,34) recita um início de um salmo (Mt 27,46).
Os evangelhos mostram como Jesus passava horas inteiras em meditação, em intimidade com o Pai. “Cedinho, antes de nascer o sol, parte para um lugar isolado para orar” (Mc 6,46). “Jesus parte para a montanha onde passa
toda a noite em oração” (Lc 6,12).
Jesus nunca condenou as manifestações de alegria e de entusiasmo transbordante, os cantos, a música ou a dança. Pelo contrário, somos levados a pensar que tenha tomado parte nas danças sagradas com os peregrinos na noite do encerramento da Festa dos Tabernáculos, nos pátios do Templo, ao som da trombeta, ao ritmo dos tamborins e dos címbalos (Jo 7,37).
Jesus cantou o hino pascal a seguir à Última Cela (Mc 14,26). Mas Jesus condenou a ostentação na oração. Todos os dias à tardinha, em Jerusalém, se ouvia o som das trombetas do Templo. Era o anúncio do sacrifício da tarde. A população era assim convidada a reunir-se ali e a rezar. Alguns fariseus faziam tudo para se colocar, como por acaso, nas encruzilhadas nesse momento exato e tomavam ostensivamente atitudes espalhafatosas na oração sob os olhares admirados da gente simples. Jesus desmascarava esta hipocrisia: “Aos olhos de Deus, dizia Ele, aqueles já receberam a sua recompensa!...Mas tu, quando quiseres rezar, retira-te para o teu quarto e ali, onde ninguém te veja, fecha a porta. Então, teu Pai dos Céus que vê no mais íntimo do teu coração, te recompensará” (Mt 6-6).
Conclusão:
Jesus está prestes a cumprir plenamente a missão que lhe foi confiada pelo Pai. Ele é o verdadeiro missionário, que nos foi enviado pelo próprio Pai para realizar o grande mistério da nossa salvação. Agora que ele cumpriu a sua missão, ele volta para o Pai. Ele é para nós o grande modelo de missionário, pois também nós fomos enviados pelo Pai para participarmos da missão da Igreja, e devemos cumprir plenamente esta missão que nos foi confiada a fim de que, como o próprio Cristo, possamos, um dia, ir para um encontro definitivo com o Pai.(C.N.B.B)
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