O Evangelho apresenta-nos parte do “testamento” de Jesus, na ceia de despedida, na Quinta-feira Santa. Aos discípulos, inquietos e assustados, Jesus promete o “Paráclito”: Ele conduzirá a comunidade cristã em direção à verdade; e a levará a uma comunhão cada vez mais íntima com Jesus e com o Pai. Dessa forma, a comunidade será a “morada de Deus” no mundo e dará testemunho da salvação que Deus quer oferecer aos homens. | |
Jesus, causa de nossa alegria. O Evangelho leva-nos, como sempre, ao que é a origem, centro e causa da vida do crente. Se a pregação da Palavra é libertadora e provoca a alegria, se os crentes devem glorificar a Cristo e dar razão de sua esperança com mansidão e respeito, é porque Jesus converteu-se no centro de referência básica e única para os que crêem nele. Seguir-lhe é amá-lo. O amor converte-se na atitude fundamental da vida do crente. Fora do amor nada faz sentido. Não há maior mandamento do que o amor. Ao final, o que ama sabe e o que não ama, não sabe nada. Esse é o grande mandamento, o que engloba e dá sentido a todos os demais: o amor. Não há outro mandamento que Jesus exija seu cumprimento a seus seguidores: amar. E o que ama, cumpre seus mandamentos e ama a Ele. Amar não é um sentimento mais ou menos vago de empatia com os demais. É uma forma de estar perto dos outros de uma forma muito concreta e prática, procurando efetivamente seu bem. Um amor vivido no dia a dia Poderíamos aplicar ao amor as palavras que João Paulo II aplica à solidariedade em sua encíclica Sollicitud Rei Sociales: “A solidariedade (o amor) não é um sentimento superficial pelos males de tantas pessoas, próximas ou longínquas. Ao invés, é a determinação firme e perseverante de empenhar-se pelo bem comum; isto é, pelo bem de todos e da cada um” (n. 38). | Trata-se de amar aos que nos rodeiam, mais, como fez Jesus, amar em especial aos mais pequenos, aos mais abandonados, aos que mais sofrem, aos marginalizados. Amar é incluir e não excluir. Amar é dar a vida pelos demais. Amar é fazer o que fez Jesus por nós. Compreender a mensagem de Jesus é viver a vida com uma cor nova. Então se sente a alegria de que está livre do mal e da morte, se glorifica a Deus, se pode dar razão de nossa esperança com respeito e com diálogo. O Espírito nos dá forças Viver assim nem sempre é fácil. Amar da maneira como nos convida Jesus faz supor coragem e muito valor. Por isso Jesus promete a seus discípulos o envio do Espírito da verdade, de seu Espírito. Será sua forma de seguir próximo dos seus, de ajudar-nos a aceitar de coração seus mandamentos, o mandamento do amor, e levá-los à prática. Os apóstolos, na primeira leitura, impunham as mãos e os crentes recebiam o Espírito Santo e, então, sua alegria era completa. |
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