BOM DIA

BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS, MAS RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES. CRISTÃS OU NÃO.

CATEQUESE PELA INTERNET

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PESQUISAR NESTE BLOG - DIGITE UMA FRASE DE QUALQUER EVANGELHO

21 de abr. de 2010

Senhor, faça que eu veja.

27 DE MAIO

Evangelho - Mc 10,46-52

No Evangelho, o catequista Marcos propõe-nos o caminho de Deus para libertar o homem das trevas e para fazê-lo nascer para a luz. Como Bartimeu, o cego, os crentes são convidados a acolher a proposta que Jesus lhes veio trazer, a deixar decididamente a vida velha e a seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. Dessa forma, garante-nos Marcos, poderemos passar da escravidão à liberdade, da morte à vida.

A cada cristão tocou-lhe viver em seu momento histórico e tem tido que dar resposta aos problemas que nesse momento se encontrava. O autor da carta aos hebreus está muito preocupado em demonstrar ante seus leitores que Jesus era o verdadeiro e único sumo sacerdote. A idéia que tinham, naquele tempo, do sacerdote era a de uma pessoa sagrada, que podia aceder ao Santo do templo e entrar em relação direta com Deus, que podia interceder de uma maneira especial por seu povo, que realizava os sacrifícios por si mesmo e pelo povo e que atraíam sobre eles o favor de Deus. Era sua forma de dizer ante seus leitores, de tradição judia, que Jesus era Deus e homem ao mesmo tempo, o perfeito mediador.

A realidade é que Jesus exerceu seu ministério sacerdotal de outra maneira. Não foi um sacerdote litúrgico. Não andou pelo templo de Jerusalém. Nasceu na Galilea dos gentiles. Andou pelos caminhos da Palestina aproximando-se de todos, falando com todos e sentando à mesa com todos, o que lhe convertia oficialmente em um homem “impuro”, o mais oposto à pureza ritual exigida aos sacerdotes. Para completar, morre em Jerusalém, condenado pelas autoridades religiosas e seu corpo fica fora das muralhas, no terreno de ninguém.

Jesus foi sacerdote “de outra maneira”

Jesus exerceu seu ministério sacerdotal. O que ocorreu é que o fez “de outra maneira”. Seu sacerdócio não era sagrado porque se afastava do povo. Ao invés, fez-se próximo a todos e levou o amor de Deus aos mais abandonados e marginalizados. Não lhe fez falta levantar nenhum templo porque os caminhos e as praças foram o lugar onde fez presente Deus. Celebrou ceias com seus amigos e com todos os que o convidaram, publicanos e fariseos, e converteu aquelas ceias em um lugar de encontro com Deus, onde a todos se fazia mais fácil compreender o amor imenso, a misericórdia e a bondade de Deus, ao que chamava Abbá.

O Evangelho de hoje mostra-nos Jesus em plena realização de seu ministério sacerdotal. Ante a necessidade gritada por Bartimeu, Deus não permanece indiferente. Jesus, seu sacerdote também não. Devolve-lhe a visão, mas também lhe devolve a dignidade. Faz-lhe ver que tem sido sua fé a que lhe curou. E Bartimeu integra-se de novo à vida, na sociedade. O que estava sentado à beira do caminho se levanta e caminha com os demais. Deus aproximou-se dele e lhe curou. Para Bartimeu a realidade de Deus fez-se tão clara através de Jesus que não pode senão o seguir. Jesus é o sacerdote que levanta os caídos, que consola os tristes, que lhes devolve a esperança e nos ajuda a recobrar a fé que temos dentro de nós, como diz a primeira leitura do profeta Jeremias.

Viver sacerdotalmente

Na Igreja temos deixado um pouco no esquecimento que somos um povo sacerdotal, que todos somos sacerdotes e estamos chamados a ser, como Jesus, mediadores da presença bondosa e salvadora de Deus entre os homens e as mulheres de nosso tempo. Temos dado tanta importância ao ministério ordenado que temos esquecido que todos somos sacerdotes. E que é dever e obrigação de todos e todas, que nos dizemos discípulos de Jesus, viver sacerdotalmente ao estilo de Jesus.

Para ser sacerdote dessa maneira não faz falta estudar teologia. Basta ser ministro da graça de Deus para os irmãos e irmãs. Recordo quando fiz o caminho de Santiago, uma peregrinação tradicional na Europa, e cheguei a um refúgio em um pequeno povoado castelhano. Junto comigo, antes e depois, chegaram àquele refúgio outros caminhantes, mais ou menos doloridos e cansados. Dirigia o refúgio, uma velha casa simples e em estado de abandono, uma garota jovem. Pois bem, aquela garota teve a arte de converter àquele grupo de caminhantes em uma família. A uns fez limpar a casa, a outros preparar água para os que tinham os pés cansados, a outros descascar batatas para o jantar. E ao final sentou-nos a todos em torno da mesa comum em um jantar que teve muito de Eucaristia.

Não se trata de pôr em dúvida a importância e necessidade do ministério ordenado, dos que são chamamos habitualmente de “sacerdotes”. Já se fala muito deles. Hoje convém ressaltar com força o caráter sacerdotal de todo cristão. Para que todos sejam capazes de celebrar as eucaristias na vida que repliquem e multipliquem o efeito curador, salvador, reconciliador, da Eucaristia que, presidida pelo ministro ordenado, celebramos a cada domingo.

Fernando Torres

http://www.ciudadredonda.org/subsecc_ma_d.php?sscd=157&scd=1&id=2893

CONCLUSÃO

Existem muitas pessoas que passam por sérias dificuldades e sofrimentos, que resultam em exclusão social. O Evangelho de hoje nos mostra uma realidade muito triste: a maioria das pessoas que são excluídas da sociedade também são excluídas da Igreja e do próprio relacionamento com Deus. Vemos que os seguidores de Jesus, que deveriam contribuir com ele para que houvesse a inclusão de todos no Reino são os primeiros que excluem o cego Bartimeu, pois querem que ele se cale. O Evangelho de hoje exige de todos nós um sério exame de consciência sobre os nossos valores e sobre a forma como nós vemos a religião e o seguimento de Jesus para que, em nome dele, não excluamos ninguém. O Mestre chama, conduzamos até ele. (CNBB)

Nenhum comentário:

Postar um comentário