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26 de abr. de 2010

NA OUTRA VIDA SEREMOS IGUAIS AOS ANJOS.

NÃO SEREMOS MARIDOS E MULHERES

A Palavra que a liturgia de hoje é uma reflexão sobre os horizontes últimos do homem e garante-nos a vida que não acaba.

No Evangelho, Jesus garante que a ressurreição é a realidade que nos espera. No entanto, não vale a pena julgar e imaginar essa realidade à luz das categorias que marcam a nossa existência finita e limitada neste mundo; a nossa existência de ressuscitados será uma existência plena, total, nova. A forma como isso acontecerá é um mistério; mas a ressurreição é uma certeza absoluta no horizonte do crente.

"Creio na ressurreição": energia extra!

Em quantos funerais fomos ao longo do ano! De quantas pessoas nos despedimos definitivamente quando menos esperávamos!

Haverá algo depois?

O mais espontâneo - para o ser humano desta cultura globalizada e mais secular que antes - é crer que com a morte tudo se acaba, e que o ser humano é efêmero e, chegado um determinado momento, desaparece, se dilui, deixa de existir sem mais nada.

Esta foi durante muito tempo a fé do povo de Deus, de Israel. Por isso, clamavam: "os vivos, os vivos são os que te adoram, como eu agora”.

O "para além da morte" nos apresenta um limite inacessível e incompreensível. Não temos condição para compreender o que possa ser uma existência após a morte, porque tanto as condições de espaço como de tempo nos fazem entrar na angústia do "sempre, sempre", "ilimitado, ilimitado".

A palavra de Deus os oferece outra senha para entender nossa existência de outra forma.

Os sete irmãos e sua mãe

Que comoção produz a leitura do martírio dos sete irmãos macabeos na presença de sua mãe! Eles não morreram simplesmente para cumprir algumas leis. Morreram por serem fiéis à Aliança com Deus! Morreram para não se divorciar de seu Deus! Para expressar-lhe desse modo seu amor fiel até a morte!

A fidelidade dos irmãos macabeos não teve data de caducidade. Um depois de outro entregaram sua vida ao Deus fiel, enquanto proclamavam também - de forma única! - a fidelidade de Deus com eles. Se Deus é fiel a quem está unido por uma aliança eterna, como nos abandonara após a morte? Os irmãos macabeos e sua mãe proclamam que o Deus fiel os ressuscitará; que aqui na terra se joga só o primeiro tempo; fica um segundo tempo, que é a grande possibilidade da VIDA!

O depoimento em favor da vida eterna não podia ser mais autêntico: os irmãos macabeos fazem de sua morte um testemunho de vida.

Os outros sete irmãos e o Deus dos vivos

Jesus, nosso Senhor, ratifica de forma admirável esta mesma fé: que Deus ressuscita seus filhos e filhas e lhes dá vida eterna! Os saduceos não acreditavam na ressurreição. Para eles a palavra inspirada por Deus era só os cinco livros do Pentateuco. E nesses livros, segundo seu parecer, não se dizia nada a respeito da vida após a morte. Para os saduceus tudo acaba nesta vida. Por isso, eram amigos do dinheiro, da política, do bem-estar aqui e agora. Discutiam a fé de Jesus na ressurreição. Até querem ridicularizá-lo propondo-lhe um caso - que recorda aos sete irmãos macabeos - sobre a lei do levirato e lhe perguntam de qual dos sete irmãos seria declarada esposa na nova vida, quem aqui na terra teve que ser de todos eles.

A resposta de Jesus aos saduceos é genial: No mesmo Pentateuco encontra-se o grande argumento em favor da ressurreição. Yahweh Deus apareceu a Moisés na zarza ardente como o Deus - não de personagens mortas e de cadáveres - senão de Abraão, de Isaac e de Jacó. É um Deus de vivos, não de mortos! E é o Deus que mantém sua Aliança após a morte; suas promessas de vida não são efêmeras.

Viver com o horizonte da Fidelidade de Deus

A fé na ressurreição faz que nos os crentes sintamos que nem todo o joga se joga nesta vida; que o amor apaixonado, que o amor de amizade, não tem data de caducidade - por que amor não passa nunca! -, que a paixão por Deus e de Deus por nós não será diluída pela morte.

Morrer não é para nós um limite insuperável, senão uma fronteira, um passo para o Mistério do Amor que nos espera, da Beleza que almejamos que nunca fomos capazes de imaginar, da Bondade mais intensa e íntima.

A confiança fez que tantos mártires entregassem sua vida e se pusessem loucamente nas mãos do Deus da justiça e do amor. Para nós, a beatificação de nossos mártires não tem um sentido político, de reivindicação de uma memória para que se faça justiça.... Não! Para nós a beatificação de nossos mártires quer dizer de mil formas, com a intensidade do drama que a cada uma delas e deles sofreram: cremos na ressurreição dos mortos!

A fé na ressurreição dos mortos é uma energia "extra" que nos permite arriscar muito, nos comprometer sem medo, não viver o tempo com ansiedade. Com esta energia "extra" podemos construir catedrais que acabarão de ser edificadas por nossos tataranetos, podemos iniciar projetos que outros concluirão. Temos a certeza que nosso Abbá nos dá um futuro. Por isso, não só confessamos "Creio na ressurreição dos mortos", mais também "Creio na comunhão dos Santos". A comunidade da ressurreição não está longe de nós. Anima-nos a entrega até ao último momento e morrer "sorrindo" deixando nas mãos de Quem nos ama, todo nosso afã e preocupações.

José Cristo Rey Garcia Paredes.

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