14 de outubro
Lc 11,47-54
Neste Evangelho vemos mais um confronto entre Jesus e os mestres da Lei. Nós que levamos a palavra de Deus em lugares distantes, somos respeitados por uns e ignorados por outros. E ainda podemos ser até hostilizados por aqueles que estão sendo tentados por satanás. Nas escolas onde faço palestras ecumênicas, acontece isso. Aqueles que me respeitam não dizem palavrões quando estou presente, e até repreende os que fazem isso. Outros, porém, passam por mim como se eu não existisse. Mais o pior são alguns alunos que me hostilizam às vezes, gritando do lado de fora da sala, coisas como, Aleluia! E outras que eu não me dou o trabalho de apurar o que disseram, e continuo a minha palestra como se não fosse comigo.
De um modo geral, a minha experiência nas escolas flui muito bem até o meio do ano. Depois do mês de agosto, com o estresse que vai se acumulando, a agitação dos alunos vai aumentando e fica um pouco complicado às vezes encontrá-los calmos e receptivos. Principalmente aqueles alunos que não gostam de nenhuma aula nem de nenhum professor.
Mas é assim mesmo. O próprio Filho de Deus foi rejeitado por aqueles que não o aceitaram. O Reino de Deus pode ser também hostilizado quando é levado em lugares distantes, pode sofrer perseguições e rejeições por parte daqueles que não o aceitam, ou que são de outra religião ou que são fanáticos. Sempre deixo bem claro quando alguns alunos não me recebem bem, quando não me deixam explicar a mensagem de Jesus, que aquela hostilidade não se dirigiu à minha pessoa, mas sim ao próprio Deus que me enviou a eles.
Mas com a ajuda do Espírito Santo defensor, nós conseguimos superar tudo isso. Algumas pessoas odeiam tudo o que está relacionado com a palavra de Deus e nega ou rejeita quem a ministra, e trata mal quem age de acordo com o Evangelho, provocando os que procuram viver retamente. Podem até armar ciladas para pegá-los de surpresa. Eu nunca deixo minha mochila na sala de aula. Aliás, nunca deixei nenhum pertence ou pasta de material na classe. Lembro-me de uma professora que teve uma surpresa ao sair da escola. A polícia que veio ao seu encalço, revistou a sua bolsa e encontrou drogas. Quem colocou? Os alunos a que ela havia punido pela indisciplina, e ainda por cima telefonaram para a polícia. Até provar tudo isso aquela pobre professora sofreu um bocado. A sorte da mestra foi que ela rezou o tempo todo. Ela mesmo disse na televisão: nunca rezei tanto na minha vida. Quem anuncia o Reino de Deus pode enfrentar todas essas dificuldades, mas estamos sabendo que Deus é o seu grande parceiro nesta missão e Ele não nos abandona, e estamos conscientes de que a força de Deus triunfará sobre o pecado e a morte. É só confiar em Deus e rezar bastante, que a proteção do Pai pelo Espírito Santo defensor não falha! Podemos até sofrer um pouco, mas tudo se esclarecerá, tudo passará e continuamos o nosso trabalho missionário. O que não devemos é ficar com medo, pensando em represálias ou hostilidades, cruzar os braços e não fazer nada pela divulgação da palavra.
Sal.
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