27/09
Interessante perceber que o pensamento dos discípulos não mudou muita coisa nestes 2.000 anos; eles tinham a justificativa de que não entendiam o Reino que Jesus pregava, eles ainda tinham a visão do Messias que vinha instituir seu messianismo pela força, os discípulos ainda estavam presos à mentalidade de hierarquia, subordinação, submissão e por isso, muitas vezes, falavam do que não entendiam; nós, entretanto, não temos mais essa “desculpa” pois sabemos exatamente o que significa o Reino de Deus.
Sabemos, porém, não vivemos plenamente essa busca, somos humanos e acabamos sendo levados pelo espírito de competição, se antes os discípulos eram influenciados pela sociedade religiosa que excluía, hoje nós vivemos a realidade de uma sociedade extremamente individualista e competidora, que não aceita a derrota, que não aceita a ingenuidade, que não tolera um coração puro, como o de uma criança.
Somos contaminados por todos os lados, inclusive dentro de nossa Igreja, que muitas vezes utiliza-se de uma hierarquia necessário à organização (afinal nossa Igreja é uma instituição universal e necessita de ordem) para excluir, humilhar, submeter. Certamente, essas pessoas não são guiadas pelo Espírito Santo que NUNCA separa, mas une; são pessoas que são levados pelos espíritos egoístas, como diz Paulo em uma de suas cartas (Cf. Gl 5).
Peçamos ao Espírito Santo que Ele nos guie e nos mostre o verdadeiro caminho para entramos no Reino de Deus, que nosso coração possa assemelhar-se ao de uma criança, que não saibamos compreender que esse mesmo Espírito Santo sopra onde quer e quando quer e não tem preferência, aliás, tem sim, pois Ele prefere os humildes, os miseráveis, os que o buscam sem cessar. Que estejamos sempre abertos à sua ação e possamos enxergar suas obras nos nosso dia a dia!
Ana Luíza de M. Gomes
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