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18 de set. de 2010

Quero misericórdia e não sacrifício - Vera Lúcia

Dia 21 de Setembro - Terça-feira

Evangelho (Mateus 9,9-13)

A palavra

O Evangelho de Mateus está dividido em três partes: o chamado que Jesus faz a Mateus; a ceia na casa de Mateus com os cobradores de impostos e pecadores; e os fariseus repreendendo os discípulos, visto que Jesus come com os pecadores.

Com a palavra “segue-me”, Jesus convida Mateus para segui-lo, ou seja, fazer parte de seu movimento.Mateus se levanta e o segue. Aqui, Mateus conta como ele aderiu ao movimento de Jesus.

O versículo 10 trata de uma ceia na casa de Mateus. Estão presentes Jesus, os seus discípulos, os cobradores de impostos e os pecadores. Naquele tempo, os cobradores de impostos eram considerados pecadores, pois cobravam impostos caríssimos para o Imperador Romano. Os outros pecadores são os doentes, os paralíticos, as prostitutas e toda a massa impura.

Os fariseus aparecem e questionam a atitude de Jesus por comer com os pecadores: “Porque vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?”. Jesus escuta e os repreende: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes”. Os pecadores e cobradores de impostos, como já foram explicitados, são excluídos pelos judeus que não comem com eles porque são impuros. Os judeus, primordialmente a elite religiosa, conhecem às leis de Deus dadas por Moisés, apesar de interpretá-las distorcidamente. Como conhecem a Lei, eles são considerados sadios e não precisam de médico, já que têm o remédio: a “Tora”.

Jesus continua: “Aprendei, pois, o que significa: ‘quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”. Os fariseus cumprem à Lei “Tora” ao pé da letra, por isso pregavam: Se um coxo nasce coxo, deve ser tratado como um coxo, assim como um cego e os demais impuros e pecadores. A misericórdia não é vivida nesse contexto. Tudo era submetido ao sacrifício e as pessoas deveriam viver nessa condição. Jesus revela que ele tem missão de chamar os pecadores e os impuros, ou seja, os excluídos pelos justos.

Oração da vida

Vejamos esse desabafo de um adolescente: Estou a procura de um ouvido, por incrível que pareça não encontro! As pessoas têm dois ouvidos, recebidos gratuitamente e não emprestam um. Não quero possuir, quero emprestado por apenas alguns minutos. Quero um ouvido para ouvir meu brado, de uma cabeça cheia de confusão e de medo. Medo da solidão, dos conflitos e das drogas.

Quero um sopro de coragem e segurança, e não silêncio da omissão. Mamãe se empolga com as novelas, ou se entrega ao trabalho. Proibi-me! Meu pai fala sobre cifras e preocupações políticas, ou da defesa do pão. Nenhum dos dois param. Ninguém pára para ver que já sou gente. Quando saí do colo, saí do mapa do amor. Deixei de ser engraçadinho para ser um problema. Ouço acusação! Estou errado! Sou obrigado a ouvir e sempre me mandam calar.

Proíbem-me, castigam-me! Na escola, os professores sabem tudo, mas não percebem que eu preciso de um ouvido para me ouvir. Não me interessam monólogos, eu quero diálogo! Eu preciso de ouvidos humildes e de palavras tranquilas! Quero um ombro para encostar minha cabeça tonta! Minha cabeça burra! Quero falar de meus estudos, de meus medos e de minha vida! Quero formação e não informação! Quero um ombro porque me sinto confuso, preciso errar menos, sendo levado por bons exemplos. Chega de "faça o que eu mandar, mas não faça o que faço". Quero um ombro para chorar a fuga das sinceridades dos adultos. Preciso ver bons exemplos. Não quero lê-los nos livros. Não quero mais divagações. EU QUERO O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA!

Esse desabafo é real. Cada vez mais está comum encontrar jovens desesperados com a vida, ou melhor, não estão encontrando o sentido da vida. Eu questiono: Será que o problema está na família desse jovem? Ou será que seus pais não estão lhe dando atenção suficiente para sua formação mais humana? Esse desabafo se assemelha com o Evangelho de hoje.

Muitos pais deixam de atender primeiramente seus filhos, para atender às coisas secundárias. Ainda há pais que compram celular ou até computador (Notebook) para prender a criança no mundo eletrônico, no quarto, privando-a do mundo humano e externo. Ainda acham engraçado uma criança de quatro anos reivindicando créditos em seu celular! Às vezes, os aparelhos eletrônicos são mais pais do que os próprios pais, porque satisfazem os desejos da criança!

Bom. Mas, não podemos esquecer que há pais conscientes, que se preocupam com a formação adequada de seus filhos. Não julgo o uso dos aparelhos eletrônicos! Mas sim, a falta de “humanidade” que certos pais deixam de formar seus filhos, colocando-os constantemente como iscas para o mundo cibernético, isto é, nas mãos de desconhecidos: àqueles que controlam o mundo virtual. Nossas crianças e jovens merecem o melhor que tem nesse mundo, ou seja, nosso afeto humano. Que Maria nossa mãe abençoe nossas crianças e jovens! Amém.

Vera Lúcia

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