Sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira! (Che Guevara)
Pedro crê e testemunha
Lc 9,18-22
“Tu és o Cristo de Deus”, foi a resposta de Pedro a Jesus, quando este perguntou aos discípulos: “Quem dizeis que eu sou?” Este Evangelho narra que Jesus fez duas perguntas aos discípulos.
A primeira: “Quem diz o povo que eu sou?” Eles relataram as várias opiniões que ouviam sobre Jesus. A segunda foi mais direta: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Diante da resposta correta de Pedro, Jesus pediu a todos que não contassem a ninguém quem ele era, para que ele sofresse a sorte comum de todo ser humano que quer viver segundo o plano de Deus, no meio de um mundo corrompido.
Jesus é o próprio Deus encarnado para nos salvar. Através dele, todos nós recebemos a plenitude da vida. Mas para isso precisamos acolhê-lo com generosidade, pois ele é o nosso caminho, verdade e vida. Mais ainda, ser discípulo de Jesus inclui ser missionário como ele foi: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21).
Ser discípulo de Jesus é caminhar com ele, seguindo os seus passos e enfrentando todas as realidades da vida humana do jeito que ele enfrentou. Se cairmos, devemos nos levantar, sem perder a esperança.
Seguir a Jesus é estar sempre caminhando, como o povo hebreu no deserto. Se alguém arma a sua tenda, e não quer desarmá-la mais, pensando que já chegou à terra prometida, é sinal do contrário, isto é, que se afastou do caminho de Jesus.
A esperança é como uma estrela, que está sempre na nossa frente, mas que nunca a atingimos aqui na terra, por isso sempre caminhamos.
Faz parte da nossa missão, convidar outros para a nossa caminhada. “Vem, entra na roda com a gente. Também você é muito importante, vem!”
Imagine que Jesus está perguntando para você, agora: “Quem sou eu?” Responda a ele relatando a sua vida, destacando aquelas partes que são assim por causa dele. O mundo está cheio de respostas teóricas sobre Jesus, mas deixando a vida de lado: Deus, Segunda Pessoa da SS. Trindade, Redentor... Ele quer uma resposta com a vida, como deram os mártires e os santos e santas.
Só podemos dizer que Jesus é o nosso caminho, quando seguimos de fato, não o nosso caminho, mas o dele. Só podemos dizer que Jesus é a nossa verdade, quando acreditamos em tudo o que ele ensinou, inclusive naqueles pontos mais complexos, que a Santa Igreja traduz para nós. Só podemos dizer que Jesus é a nossa vida, quando a nossa vida é um xerox da vidadele.
Certa vez, um homem estava carregando a sua cruz, mas ele a achava um pouco pesada. Ao passar por uma casa de sítio, viu o sitiante com um serrote, serrando uma madeira. Ele pediu o serrote emprestado e serrou um pedaço da cruz.
Ao colocá-la novamente no ombro, gostou. Agora sim, pensou ele, dá para carregar mais fácil. Agradeceu o sitiante e foi embora.
Lá na frente, havia um rio que ele devia atravessar. Os barrancos eram altos, e lá no fundo a correnteza era forte. Não havia por ali nenhuma pinguela ou madeira para ele usar. Ele tentou usar a sua cruz como pinguela, mas faltava exatamente aquela parte que ele cortou! E assim, o pobre homem ficou ali, enquanto todos os viandantes usavam a sua cruz como pinguela, e passavam.
O surgimento de seitas tem, como motivo principal, querer cortar um pedaço da cruz. Que nunca falsifiquemos o Evangelho de Jesus, pois ele é o nosso único caminho, verdade e vida.
Maria Santíssima, desde a anunciação, sabia quem era Jesus, pois o anjo Gabriel lhe explicou. E a prima Isabel completou: “Como mereço que a mãe do seu Senhor venha me visitar?” (Lc 1,43). Que ela nos ajude a conhecer cada vez melhor o seu Filho, e viver de acordo com esse conhecimento.
“Tu és o Cristo de Deus”, foi a resposta de Pedro a Jesus, quando este perguntou aos discípulos: “Quem dizeis que eu sou?”
Pe. Antônio Queiroz CSsR
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