29 de Outubro de 2010
Evangelho - Lc 14,1-6
As pessoas que nos cercam vivem o tempo todo nos observando para ver se somos em atos e atitudes, tudo aquilo que pregamos. E o mais curioso, é que aquelas pessoas que mais nos observam, não são cristãos muito praticantes. São aqueles que até vão à missa, porém socialmente. O que não quer dizer que os cristãos praticantes não vivem de olhos em nós também. Mas eles, até nos perdoa, desde que o nosso escândalo não seja muito grande. Se por um lado uns nos respeitam tanto ao ponto de não proferir um palavrão na nossa frente, outros nos observam para ver se somos realmente o que nos mostramos, pelas nossas falas. É por isso que precisamos tomar muito cuidado com as nossas atitudes onde quer que estejamos pois é a Igreja de N.S.J.C. que vai ser difamada na nossa pessoa, nas nossas atitudes. O nosso exemplo falará mais alto do que as nossas belas e inflamadas palavras. Certa vez conheci um menino que havia saído do catecismo pois sua família especialmente a sua mãe, estava escandalizada pelo fato de ter visto o vigário no bar em frente da igreja jogando dominó e fumando.
Ela dizia: Este padre é uma coisa dentro da igreja e lá fora é outra. Ele faz um sermão daqueles da gente nem piscar os olhos, até prendo a minha respiração do jeito tão empolgado dele falar. Mas depois dessa, vou mudar de paróquia.
Tentei convencer àquela piedosa paroquiana que a Igreja apesar de ser santa, é composta de seres humanos. Mostrei ainda que o vício e hábito de fumar embora faça mal à saúde, não é um pecado mortal. O sacerdote também tem o direito de se distrair, pois ele é um ser humano igual a qualquer um de nós, e está sujeito ao estresse, às tentações, até mais do que um de nós, pois ele é odiado pelo demônio o qual vive esperando uma pequena fraqueza dele para pegá-lo em seu laço, como os fariseus faziam com Jesus.
Prezados irmãos. No Evangelho de hoje Jesus nos mostra que a vida sempre se impõe diante da morte, a verdade sempre se sobrepõe diante da mentira, da falsidade e do erro. A Lei de Deus foi feita para preservar a vida e não para gerar a morte e a interpretação e divulgação da Lei de Deus deve sempre contribuir para que a vida de todos seja melhor, e que nos preparemos nesta vida para merecer a Vida Eterna. Jesus denuncia os erros que existem na interpretação da Lei, as interpretações falsas, ou seja, que não apresentam nenhuma legitimidade por serem contraditórias ao espírito da Lei de Deus, por escravizarem quando deveriam libertar, por promoverem a morte quando deveriam promover a vida, e as interpretações mentirosas. Jesus denuncia aquelas interpretações que não estão de acordo com a Lei, mas sim com os interesses dos saduceus, e dos doutores da Lei que a interpretraram.
Baseado no comentário da CNBB.
Sal.
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