21 de Setembro
Evangelho - Mt 9,9-13
Prezados catequistas. Vamos seguir o exemplo do Mestre. Vamos levar a palavra de Deus aos humildes. Àquelas ovelhas desgarradas da periferia, do setor rural, etc. Formando ou criando um trabalho de catequese em uma comunidade distante, fazendo aulas de Ensino Religioso Ecumênico em uma ou mais escolas, através da Internet, de rádios, em fim, vamos diminuir a grande diferença entre o avanço do mal e o avanço do bem no mundo.
Quando Jesus disse que “Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios que os filhos da luz”. Ele está se referindo exatamente a essa triste realidade. O mal avança na frente do bem, ganhando a corrida.
Veja as sábias palavras de Dom Henrique na sua homilia deste domingo:
A constatação de Jesus é tristemente real: os pecadores são mais espertos e mais dispostos para o mal, que os cristãos para o bem. Pecadores entusiasmados com o pecado, apóstolos do pecado, divulgadores do pecado… Cristãos sem entusiasmo pelo Evangelho, sem ânimo para a virtude, sem criatividade para crescer no caminho de Deus! Pecadores motivados, cristãos cansados e preguiçosos! Que vergonha! Hoje, como ontem, a constatação de Jesus é verdadeira. Olhemo-nos, olhemos uns para os outros, olhemos para esta Comunidade que, dominicalmente, se reúne para escutar a Palavra e nutrir-se do Corpo do Senhor… Somos dignos da Eucaristia? Sê-lo-emos se nos tornamos testemunhas entusiasmadas e convictas daquele que aqui escutamos, daquele por quem aqui somos alimentados!
Dom Henrique Soares da Costa
Caríssimos: O que Jesus falava aos pobres? Suas palavras de vida, eram baseadas em acontecimentos da vida, ou seja, do dia a dia daquele povo. Então, por que nós que nos apresentamos como seus imitadores, usamos um palavreado difícil e erudito, para explicar a palavra de Deus? Precisamos fazer como Jesus, comentando os acontecimentos da hora e usando argumentos e palavras que o povo simples e humilde entenda. Ainda mais nós que nos dirigimos aos jovens, temos que falar a sua linguagem. Acompanhada até mesmo aqui e ali de uma gíria, por que não? Eles gostam de se verem nas nossas palavras. “Sacou, brother? “ “Se liga na parada, meu irmão!” Muitas vezes ouvimos um sermão ou uma palestra tão erudita que nos dá sono. E, como diz o velho ditado, entra por m ouvido e sai pelo outro. Ou, como preferem, as palavras doutas passam por cima das cabeças dos ouvintes e vão embora.
Certa vez tive uma experiência muito marcante. Em uma das escolas em eu lecionava Filosofia e Geografia, estavam promovendo uma tal de semana da Educação, e naqueles dias, eu aproveitei para relaxar. Pois também lecionava em outras escolas, onde os trabalhos continuavam em pleno vapor em sua rotina normal. Ao chegar naquela escola para apenas cumprir o meu horário, fiquei sabendo que um dos palestrantes havia faltado. A coordenadora conhecia o meu trabalho de palestras em outras Escolas e comunidades e então me pediu para entrar em cena imediatamente e fazer uma palestra para uma platéia de aproximadamente umas cem pessoas que estavam esperando. Nunca gostei de improvisar. Sempre antes de fazer uma palestra costumo me preparar momentos ou dias antes, pelo menos pegar uma folha, escrever um roteiro do que eu devo falar, e colocar as idéias em uma ordem tal em que não me esqueço do principal, ordenando introdução, meio e conclusão. E, acima de tudo, rezar.
Então a coordenadora insistia...Disse que eu não estava preparado pois devido ao meu horário eu não havia me disponibilizado para ser escalado para a série de palestras, mas ela disse: Sei que você pode cobrir esse imenso buraco deixado pela falha do professor que ficou de vir... e praticamente, ela me colocou no palco, me empurrando elegantemente, eu continuava ouvindo as sua palavras: “cobrir esse imenso buraco”... e sem menos eu perceber, ela pegou o microfone e me anunciou...
Confesso que naquele dia eu não estava tão sintonizado em Deus como hoje. Nem fiz uma breve oração, nenhuma palavra dirigi ao Espírito Santo pedindo socorro. Apenas pensei nele. Somente pensei sem pedir nada, pois estava sem saber o que fazer. Todos me olhavam atentamente esperando eu fizesse jus aos elogios da coordenadora. Os meus rivais, dois dos professores que tinham inveja de mim, me olhavam com um sorriso que dizia: Finalmente você está enrascado agora!
Com o microfone na mão direita, eu aparentava uma calma e muita concentração. Mas só aparentava. Foi então que me meio uma luz, uma idéia. Vou comentar as mais recentes notícias dos jornais. Para mim foi novidade perceber o quanto as pessoas estavam em jejum com relação a leitura dos jornais. Caprichei, e funcionou! Gostaram muito e senti isso pelos aplausos.
Atualmente todos podem estar informados das notícias. Podemos ouvir as notícias no rádio enquanto dirigimos, enquanto fazemos outra coisa, temos os tele-jornais que mostram também as imagens e assim ficamos informados do que está acontecendo em volta de nós e no mundo. E com o devido cuidado para não dar nomes aos bois, podemos e devemos comentar essas notícias em nossa catequese, em nossas palestras, imitando o Mestre Jesus. Antigamente, no tempo em que a gente lia os jornais comprados nas bancas, eu dizia aos catequistas. Nós temos de estar com a Bíblia em uma mão e um jornal na outra mão. Pois para evangelizar, temos estar informados.
Sal.
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