27 DE ABRIL
João 10,22-30
Este texto relata um incidente que acontece na festa da Dedicação do Templo, sob o pórtico de Salomão. Entendamos:
- Festa da dedicação
No ano 164 a.C., Judas Macabeu purificou o templo de Jerusalém e erigiu o altar, profanado três anos antes pelos sírios. Celebrou esse ato com uma festa que durou oito dias, a festa da dedicação, e estabeleceu que esses dias fossem celebrados a cada ano, de igual modo e na sua data própria, ou seja, a partir do dia vinte e cinco, do mês de Casleu, que ao mês de dezembro. Era inverno na região. Esta festa é também conhecida como festa das luzes, em virtude do costume de se iluminar ruas e casas para a festa.
- Pórtico de Salomão
Galeria que se situava ao lado leste do templo, com vista para Cedron. Era o local mais apreciado pelos cristãos e aparece em várias controvérsias entre judeus e cristãos.
Nesta situação, a questão em debate é se Jesus é o Messias.
Em sua resposta, Jesus coloca outra questão: Ele é o Filho único de Deus.
O que mais pode Ele oferecer como prova de que suas obras são feitas por intermédio do Pai e de que essas mesmas obras são a revelação do Pai? Por mais que fale e exemplifique os adversários de Jesus não crêem que suas obras dão testemunho de sua filiação divina. Não podem crer, pois “para crer em Jesus é necessário aderir interiormente a Ele, ser ‘do alto’ (8,23), ‘de Deus’ (8,47), ‘da verdade’ (18,37), ‘do número de suas ovelhas’ (10,14). A fé supõe uma afinidade espiritual com a verdade (3,17-21; cf. At 13,48+; Rm 8,29s).” (A Bíblia de Jerusalém)
Jesus encerra a questão revelando o grande e profundo mistério da unidade:
- Eu e o Pai somos um.
João pretende mostrar que Jesus é Aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo. Ele próprio é suficiente para substituir a festa da Dedicação.
Cecilia.
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