BOM DIA

BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS, MAS RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES. CRISTÃS OU NÃO.

CATEQUESE PELA INTERNET

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PESQUISAR NESTE BLOG - DIGITE UMA FRASE DE QUALQUER EVANGELHO

13 de mar. de 2010

FELIZES OS QUE CRER SEM ME TER VISTO!

11 de Abril – Domingo – MEU SENHOR E MEU DEUS!

Domingo de Páscoa
(Domingo da Divina Misericórdia )
Disse o Senhor a Tomé:
“Porque Me viste, acreditaste
felizes os que acreditam sem terem visto”

Introdução

Maximino Cerezo Barredo

A liturgia deste domingo apresenta-nos essa comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.

No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.

A segunda leitura recorda aos membros da comunidade cristã os critérios que definem a vida cristã autêntica: o verdadeiro crente é aquele que ama Deus, que adere a Jesus Cristo e à proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai faz aos homens e que vive no amor aos irmãos. Quem vive desta forma, vence o mundo e passa a integrar a família de Deus.

EVANGELHO

(Jo 20,19-31)

Comentário

Vivos Graças ao Vivente

A experiência da ressurreição de Jesus mudou radicalmente a vida daqueles primeiros discípulos. Devemos ter muito presente o que faz muito poucos dias recordávamos: que no momento da detenção, do julgamento e da crucificação, todos saíram correndo. Todos tiveram medo. Todos sentiram temor de que as autoridades judias ampliassem as detenções com o objetivo de terminar definitivamente com aquele movimento revolucionário, com aquele que falando de Deus devolvia a esperança às pessoas e lhes estragava o negócio. Por isso o Evangelho deste domingo começa afirmando que os discípulos estavam em uma casa “com as portas fechadas por medo aos judeus”. Temiam ser detidos se saíssem à rua.

Mas a ressurreição de Jesus abre-lhes a uma vida nova. Os que viviam no temor, recebem a mensagem de paz. Os que se tinham encerrado em uma casa com as portas e janelas fechadas - que diferença há com uma tumba? - são enviados à vida para pregar a Boa Nova do Reino.

Uma comunidade nova e fraterna

Os resultados dessa missão estão à vista na primeira e na segunda leitura. Os crentes, os que têm experimentado que Jesus está vivo formam uma comunidade diferente, vivem de um modo diferente, se relacionam de uma maneira diferente: têm tudo em comum, compartilham os bens, ninguém passa necessidade. São verdadeiros irmãos e irmãs, que participam todos na mesa comum.
Não é isso o Reino levado à prática? É possível que a primeira leitura seja mais um sonho, um desejo, do autor dos Atos dos Apóstolos, que uma descrição da vida real daquela primeira comunidade de discípulos e discípulas.

Mas esse sonho tem sobrevivido na história da comunidade cristã e tem seguido gerando em muitos dos crentes o desejo de fazê-lo realidade. É o sonho do Reino que, desde a fé, promove uma forma diferente de viver, de se relacionar as pessoas. É o sonho que animou aos grandes fundadores de ordens e congregações religiosas. É o sonho que animou a muitos dos missionários franciscanos e jesuítas que evangelizaram a América Latina. É o sonho que hoje segue animando muitas comunidades de base.

Centrados no amor

É um sonho que se centra no amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor faz que nos sintamos novos e que vivamos em outra onda, ali onde os mandamentos não são ônus pesados senão uma ajuda e um guia que nos ajudam a ser felizes porque não há felicidade maior que no amor fraterno e não outra é a vontade de Deus.

Vencer o mundo é vencer o ódio, a inimizade, a violência, tudo o que rompe a fraternidade dos filhos de Deus. Por isso diz a segunda leitura que o que ama é que tem nascido de Deus. Não pode ser de outra maneira porque
Deus é amor.

Encontrar-nos com Jesus

O Evangelho acrescenta um elemento importante para a vida cristã. Tudo isto que temos dito: a paz, a fraternidade, o amor... não é compreensível sem que passemos pela experiência do encontro pessoal com o ressuscitado. Aí está o depoimento de Tomé. Precisou ver o sinal dos cravos e colocar a mão no costado de Jesus. Precisou tocá-lo para dar-se conta de que realmente estava vivo, de que o Reino de que tanto tinha falado Jesus não tinha morrido naquela cruz maldita da Sexta-Feira Santa. Precisou encontrar-se ao vivo com Jesus para confessar
“Senhor meu e Deus meu!“.

Cada um de nós deve passar pela mesma experiência se quisermos ir para além do cumprimento de umas normas e do rezar de umas orações. Se quisermos que nosso ser cristão seja algo que nos transforme realmente por dentro, temos que nos encontrar com Jesus não com um personagem a mais da história com uma doutrina mais ou menos atraente senão como uma pessoa viva e próxima que nos anima, que nos acompanha, que nos reconcilia e cura para nos comprometer em fazer realidade em nossa vida e na vida dos que nos rodeiam o Reino pelo qual Ele mesmo deu a vida.

http://www.ciudadredonda.org/subsecc_ma_d.php?sscd=157&scd=1&id=2893

Um comentário:

  1. Parabéns pelo trabalho! Estou em Foz do Iguaçu e vou fazer uma celebração amanhã. Tua reflexão ajudou-me na preparação. Muito obrigado e que teu sacerdócio seja abundante em frutos para o Reino de Deus.
    Nov. Tiago Zeni, sj.

    ResponderExcluir