BOM DIA

BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS, MAS RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES. CRISTÃS OU NÃO.

CATEQUESE PELA INTERNET

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PESQUISAR NESTE BLOG - DIGITE UMA FRASE DE QUALQUER EVANGELHO

4 de mar. de 2010

Tiraram o Senhor do túmulo...

01 RESSURREIÇÃO- DOMINGO DE PÁSCOA

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João (Jo 20,1-9)

A ressurreição de Jesus prova, precisamente, que a vida plena, a vida total, a transfiguração total da nossa realidade finita e das nossas capacidades limitadas, passa pelo amor que se dá, com radicalidade, até às últimas consequências. Garante-nos que a vida gasta a amar não é perdida nem fracassada, mas é o caminho para a vida plena e verdadeira, para a felicidade sem fim.
Temos consciência disso?
É nessa direcção que conduzimos a caminhada da nossa vida?

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.
Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.
Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da Salvação.

Comentário

Ver e crer

Chama a atenção no Evangelho de hoje, que não se relate nenhuma aparição. Somente a experiência do sepulcro vazio! Chega Maria Madalena; descobre que o corpo não está e seu desconcerto a leva a comunicar aos demais que "não sabe onde o puseram".

Chegam depois ao sepulcro os dois discípulos, Pedro e "o outro discípulo, a quem Jesus amava". Pedro vê, constata. Mas não interpreta o fato. O discípulo amado vê e interpreta em seguida: lhe ilumina a fé, porque encontra o sentido da Escritura. É como se tivesse dito: basta ler a Escritura para dar-se conta de que tinha que ressuscitar dentre os mortos!

Não há aparição de Jesus, senão fé. O discípulo amado não precisa mais. Crê imediatamente depois de ver uns indícios!

O racionalismo de nosso tempo nos leva a uma tremenda desconfiança que fecha as portas à fé. Colocados a duvidar, duvidamos de tudo. Assim fechamos todas as portas a qualquer experiência nova, diferente... ao maior fato da história.

A fé na ressurreição não é uma vã credulidade. Nasce de ser "discípulo amado", da amizade íntima com Jesus. Quem vive em comunhão com Ele tem uma sensibilidade especial:
a sensibilidade da fé. Esta sensibilidade é contagiosa e pode chegar a invadir o mundo.

O testemunho dos que viram e creram falam, sobretudo, de Deus Pai. Proclamam que Deus estava com Jesus em toda sua vida na terra, que Deus ressuscitou a quem seus inimigos mataram; que Deus fez com que o “ver material” fosse iluminado pelo “ver da fé”.

Mas, o testemunho proclama que Jesus quis que suas testemunhas pregassem ao povo, dessem depoimento de que o Crucificado-Ressuscitado, é agora elo de Critério, de Norma, da vida e da morte. E, mais ainda, que seu Nome proclamado e confessado traz consigo o perdão dos pecados e a emergência de uma nova forma de vida.

Nos diz a Segunda Leitura, tomada da carta aos Colossenses:
não só Jesus recebe do Pai a nova vida, também nós! Jesus não ressuscita só. Com ele ressuscitamos nós e recebemos uma nova vida. O que ocorre é que esta nova vida está oculta. Nossa vida não é visível. Está escondida "com Cristo em Deus". A invisibilidade de Jesus leva consigo a invisibilidade daquilo que mais nos pertence, de nossa vida. Quando aparecer Ele também nossa vida aparecerá, gloriosa.

Por isso, sejamos conscientes pela fé desta nova vida. Descubramos essa outra dimensão que nos constitui. Deixemos que essa imagem de Deus, refletida em nós, vá-nos pouco a pouco glorificando. Talvez possamos ser cada um de nós o reflexo vivente do Senhor Ressuscitado. Nisso consiste o depoimento contagioso.
Não bastam palavras, nem ações, nem intenções, é necessário ter sido tocado pelo Amor do Ressuscitado!

José Cristo Rey Garcia Paredes

Nenhum comentário:

Postar um comentário