Sábado, 03 de Dezembro
Evangelho - Mt 9, 35 – 10.1.6-8
Jesus chamou seus discípulos e deu-lhe poder para expulsar os espíritos maus e curar qualquer tipo de doença e enfermidade. A missão já estava completando o ciclo individual da pessoa do mestre. Muitos já seguiam seu preceito e alguns já faziam parte da comunidade da libertação. Agora, o momento de trabalho urgia no seio da sociedade injusta, havia doença a ser eliminada e muitos enfermos precisavam ser cuidados. Amigos não devem ser somente amigos, como os apóstolos eram amigos, Jesus os envia para o trabalho: fazer o povo de Israel enxergar o caminho da beleza e do amor.
Ao pregar nas sinagogas Jesus percebeu que o povo estava sofrendo. Quase não sobrava para ter vida feliz e digna. Estava cada vez mais a mercê da sorte. Os homens poderosos consumiam a vitalidade do corpo dos infelizes a fim de robustezar sistematicamente. Não tinham tempo e nem vontade de partilhar com os esfomeados a gordura acumulada do excedente dos lucros. Aprisionava para si a maior parte dos bens a custa de pilhagem concedida ao seu mando. Cabia ao povo contentar-se com o resto com intuito de manter o esqueleto vivo.
Com piedade e dor no coração Jesus curava, incentivava, motivava e mostrava um reino de justiça ser construído. A angústia era tamanha que o alento estava nas palavras do mestre. Ao ouvir as palavras de consolo o homem empobrecido desejava ardentemente apossar-se da magnitude confortável, isto é, deixar-se levar pelas verdades que anuncia a nova páscoa, ou ultrapassar as barreiras que aprisionam e dilaceram a essência do ser humano. O único que gratuitamente pregava para todos era Jesus.
Os dozes discípulos tinham funções bem claras de jesus: curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. E Jesus adverte: vocês receberam de graça, dêem também de graça! Não existe preço para o bem das pessoas. Os males devem ser exauridos do seio o do povo de Deus para não deixá-los enfraquecidos. Os doentes são aqueles que arraigam para si o poder centralizador na totalidade e os mortos são os sofredores que labutam dia e noite para contentarem-se os dominadores. Já os doze discípulos são as doze tribos de Israel que formavam o povo de Deus que precisavam encontrar caminhos retos que levassem a salvação.
Contudo os demônios são os males que permeiam a infelicidade do povo, são as estruturas piramidais que sufocam a base com pesados impostos e idéias alienantes, são os egoístas de plantão que não repartem os fabulosos lucros financeiros e, portanto, os demônios são aqueles que desprezam Deus em troca de prazeres momentâneos. Foram estes demônios que os discípulos tinham a missão de levá-los para bem longe do povo de Deus.
Enfim, somos também convocados pela Sagrada Escritura a sermos discípulos corajosos e destemidos com poderes de expulsar os males que atormentam o povo. Os demônios estão por todos os lados, seja nas mídias, nas igrejas, nas grandes empresas multinacionais e nacionais. Eles usam todos os métodos para abstrair do povo a maior parte dos seus bens. São escrupulosos nas ações e amedronta qualquer individuo a sua frente. Entretanto, com a fé e com o compromisso de aliviar a dor do povo nada poderá impedir de fazer a vontade de Jesus: vida e liberdade para todos.
Amém!
Aumente sua fé no Cristo que enviou para expulsar os demônios. Claudinei M. Oliveira.
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