03 de dezembro - sábado
Evangelho Mateus 9,35 - 10.1.6-8
" Reunião de emergência..."
A situação é de emergência... Jesus vê a multidão enfraquecida e abatida, sem rumo ou direção e provavelmente sem esperança, parecem ovelhas sem pastor, sem saber que rumo tomar e a mercê dos lobos vorazes, sem um abrigo seguro e pastagens verdejantes. Jesus poderia, quem sabe, denunciar a situação aos governantes da época, acionar os responsáveis para cuidar do povo, melhor ainda, poderia convocar uma reunião com os Líideres religiosos para alertá-los sobre a situação triste do povo, chamando-os assim as suas responsabilidades...
Mas no Reino de Deus não há departamentos em separado para cada problema a ser resolvido, não há super estruturas para atender as demandas sociais, nem telefones de emergência ou campanhas de conscientização, tem que se virar com que se tem á mão, é proibido ficar esperando dos outros, das instituições responsáveis, das pastorais, das associações, como dizia aquele refrão de Geraldo Vandré "Quem sabe faz a hora não espera acontecer".
Jesus tem em mãos um grupo de doze homens que não foram treinados para situações de emergência, que não são peritos em nada e nem atuam na promoção humana. Jesus primeiro identifica o problema..."a messe é grande e os operários são poucos", depois ensina-lhes uma oração muito eficiente "Pedi ao Senhor da messe que envie operários..."ou seja, "olha Senhor, se precisar a gente está aqui..." E em seguida convoca os doze para uma aula prática emergencial. Primeiro lhes transmite confiança, conferir-lhes poder significa mostrar do que eles são capazes, Jesus fez e eles também poderão fazê-lo, promover uma ampla ação libertadora e curar as enfermidades.
Deverão procurar os que se perderam, aqueles que estão no fundo do poço, mas o mais importante é o anúncio de que o Reino já chegou e se o reino está próximo, não mais poderá haver doenças, mortes ou qualquer tipo de alienação ou preconceito (Os leprosos eram considerados impuros) . E por fim a mais importante de toda instrução, antes de partirem para essa missão de emergência, a fim de socorrem a multidão perdida: dar de graça, sem nada querer em troca, aproveitar do sofrimento do outro, para comprar sua consciência é o mais horroroso de todos os pecados diante de Deus, que pode ser praticado por um Discípulo Missionário. Tirar qualquer vantagem do irmão ou da irmã, que estou ajudando, é crime que merecerá sempre o repúdio do Céu !
Será quer os miseráveis de hoje, os infelizes, tristes, deprimidos e desgraçados, os excluídos e marginalizados, podem contar com a compaixão das nossas comunidades? A resposta tem que estar no coração de cada um de nós, que estamos hoje em lugar dos primeiros discípulos e que somos constantemente convocados pelo Senhor que nos envia na direção da grande massa dos Sem Esperança.;...
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