Segunda - feira, 28 de Novembro
Evangelho – Mt 8, 5-11
Jesus foi surpreendido por um pagão quando estava entrando em Cafarnaum. Ao seu encontro pediu socorro ao empregado que estava acamado por doença. Jesus respondeu prontamente, não hesitou em pedir algo em troca, aja visto que o pagão não reconhecia a missão de Jesus. O coração do Mestre estava aberto para quem necessitasse de algo para sentir-se bem, para tanto, não importava se era discípulo, ateu ou desleixado com a vida, todos são filhos de Deus e Ele quer liberdade e vida sem limites para seus filhos.
A libertação que Jesus almejava não era para tal povo escolhido. Não existe uma nação mais poderosa do que a outra que pode contar com privilégios. Todos os povos têm o mesmo direito. A atenção dada por Jesus ao pagão quebra o elo da injustiça. Assim, o povo de Israel acreditava que somente eles eram o povo predileto do Senhor, pois poderiam conquistar a tão sonhada vida nova, vida de um povo que tem origem no pai Abraão, Isaac e Jacó. Jesus ao curar a paralisia do empregado do pagão deixou bem claro que as doenças são as injustiças de um povo que aprendeu a olhar para o umbigo, não reconhecendo os irmãos do outro lado da fronteira.
A resposta dada ao pedido de socorro é a chave do poder das Palavras de Jesus. Sabe-se que as palavras de Jesus são eternas, são alimentos para a alma e para o coração. Elas têm poder de surpreender até os inimigos. O pagão que tinha muitos empregados sob seu comando, era respeitado, curvou-se diante das palavras que liberta e salva. Ele tinha ouvido falar dos milagres de certo Galileu. Então, deixou a avareza e arrogância de lado e partiu para o novo. Ele também queria conhecer o poder mágico de Jesus.
A alegria foi tamanha que pediu para curar o enfermo sem ir à sua casa. Na casa de um pagão não poderia receber um Mestre que tinha tão grande poder de cura. Seu pedido foi atendido.
Contundo, a mensagem deixada é bem límpida: nunca é tarde para conhecer a verdadeira vida, sempre existe oportunidade, às vezes, passa de repente, mas com o desejo ardente e com o coração necessitando de mudanças, tudo pode acontecer. O pagão reconheceu a força do Espírito Santo modificador na pessoa de Jesus. Teve seu pedido aceito. Ficou contente.
Para tanto, precisa-se sair do comodismo. Não fechar nas paredes da confortável residência. Deixar de olhar para si como resultado final. Ir ao encontro do outro. Procurar no outro a extensão de Deus que quer vida nova e compromissada com a justiça. Afinal, a injustiça não faz parte da construção do Reino. Ela mata e aniquila ainda mais àqueles que não têm afinidades com as palavras, dependem do outro para conhecer a beleza do Reino. Assim, ao abrir-se para o outro, distante da sua casa e ser acolhedor com dignidade, estará cumprindo a missão de ser anunciador da mensagem que descortina a obscuridade de muitas pessoas. É preciso enxergar com os próprios olhos para encantar-se com a dádiva de Deus. O pagão percebeu a grandeza poderosa de uma vida diferente, portanto, uma vida que gera vida. Amém!
Que Deus visite o seu lar através do menino Jesus e o encontre feliz. Abraços. Claudinei M. Oliveira.
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