Sexta-feira, 25/11/2011
Lc 21,29-33
Neste Evangelho, Jesus continua nos falando a respeito do final dos tempos.
"Essas coisas", a que ele se refere, são os problemas sociais e cósmicos citados um pouco antes,neste mesmo discurso: guerras, mortandades, terremotos, maremotos...
Quando as folhas das árvores caem, e começam a aparecer os brotinhos das novas folhas e dos frutos, esses brotinhos são os sinais pelos quais sabemos que a primavera está chegando. Da mesma forma, aquelas calamidades são os sinais de que a nossa salvação está próxima.
Quando Jesus fala: "Tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração", ele se refere, não ao fim do mundo, mas à queda de Jerusalém e à abertura do Evangelho e do Reino de Deus aos não judeus.
Jesus exclui toda tentativa de precisão cronológica do fim do mundo. Isso desqualifica qualquer especulação adventista nesse sentido.
A segunda vinda de Jesus será tão clara como um relâmpago, desses relâmpagos grandes que brilham de um ao outro lado do horizonte. Portanto, ninguém deve preocupar-se com isso. Naquele tempo, havia uma idéia muito generalizada de que o fim do mundo estava próximo, por isso que Jesus faz essas explicações.
"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar." Essa afirmação vai além da questão de quando será o fim do mundo. A nossa esperança, baseada no Evangelho, é eterna e ultrapassa esse mundo material e provisório em que vivemos. O verdadeiro fim do mundo acontece para quem não segue a Jesus, pois está ao léu deste mundo, que tem como fruto a destruição e a morte. O cristão fiel sempre vê uma luz no fim do túnel, e essa luz chama-se ressurreição, que lhe abre as portas para o mundo novo e eternamente feliz.
Devemos andar sempre vigilantes, a fim de percebermos as vindas de Jesus ao nosso encontro, que acontece das mais diversas formas. A tecnologia tem receptores de mensagens dos mais diversos tipos. Mas, para captarmos essa mensagem, que é a vinda de Jesus, o mundo não está preparado nem nos prepara. Entretanto, é aí que reside o segredo da felicidade!
Certa vez, no século passado, um padre foi a uma Comunidade rural muito distante da sede da paróquia, para a festa de S. Sebastião, o padroeiro da Comunidade. O padre foi a cavalo.
Ele chegou à Comunidade dia 19 de janeiro de 1935. A Comunidade chama-se S. Sebastião do Formoso, que fica atualmente no município de Jaborandi – BA. O nome do padre é Oto Maria Gonçalves. Ao chegar, Pe. Oto atendeu às confissões, fez os batizados e foi descansar para, no dia seguinte, presidir a um casamento, celebrar a Missa festiva e dirigir a procissão. Mas, ao anoitecer, Pe. Oto começou a vomitar sangue. Vomitou muito sangue mesmo.
Os noivos pediram a ele que fizesse logo o casamento, pois ele podia não agüentar até o dia seguinte. Pe. Oto respondeu: "Podem ficar tranqüilos. Amanhã eu vou fazer o casamento de vocês, vou celebrar a Missa e dirigir a procissão, tudo direitinho".
De fato, no outro dia ele se levantou, fez o casamento, rezou a Missa e dirigiu a procissão, tudo na maior alegria e festa. E naquela tarde morreu. Quantas vezes nós, porque uma unha está doendo, já não saímos de casa para levar a Eucaristia a um doente!
O Pe. Oto cumpriu a missão dele direitinho, até o fim, e Deus o apoiou na última hora.
Maria Santíssima era uma mulher vigilante, e vivia sempre preparada para o encontro com o Senhor. Santa Mãe de Deus, rogai por nós!
Quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto.
(Padre Queiroz)
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