19 de Julho: 3ª feira
Evangelho - Mt 12,46-50
E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: "Eis minha mãe e meus irmãos" – Nancy
Não há demonstração maior de fraternidade e de amor incondicional como esta atitude de Jesus, diante da multidão que o ouvia, referindo-se à própria multidão como seus irmãos, pai e mãe. É digno de louvarmos, honrarmos e glorificarmos o Mestre Jesus por tamanho conhecimento e sabedoria. Afinal, sentir e viver a comunidade como constelação familiar, considerando cada um dos irmãos – independentemente de laços consangüíneos – como membros de uma só família, não é algo puramente humano, mas divino. Virtudes de mestre!
Podemos sentir, através deste evangelho, a intervenção divina, com Deus chamando e dirigindo a humanidade desde os primórdios dos séculos, e Jesus Cristo – seu filho, enviado para nos resgatar e, aos moldes do Pai – realizando obras maravilhosas na vida do povo, e persistindo no chamado para segui-Lo.
Olhando para este fragmento do texto, abordando a fala de alguém a Jesus: "Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo", e a pergunta, em forma de resposta, feita pelo mestre sobre o que havia falado: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?", poderíamos pensar que Jesus era um desgarrado, sem vínculos familiares, ou qualquer outra coisa. Que Jesus não dera a devida atenção aos seus familiares, sangue do seu sangue!
No entanto, Jesus – caminho, verdade e vida – é aquele que, humanizado e divino, ama sem medida tudo e todos, por isso não separa pessoas por vínculos familiares, afetivos, por grupo social, ético ou por qualquer outro critério de seleção e classificação. Para Jesus todos são membros de uma só família – a família de Deus Pai.
Reside aí a grandeza do gesto de Jesus, quando estendeu a mão para os discípulos, dizendo: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe."
Queridos irmãos: somos realmente irmãos em Cristo Jesus. Somos filhos do mesmo Pai, batizados no fogo do Espírito Santo de Deus, e confirmados na doutrina da Igreja Católica no sacramento da crisma. Embora morando e vivendo, cada família, em casas separadas, somos galhos de um mesmo tronco: Jesus Cristo. Conseqüentemente, somos frutos de uma mesma sementeira.
E então, o que nos faz sermos alheios aos sofrimentos dos nossos irmãos menos favorecidos? Por que ficamos, muitas vezes, indiferentes às injustiças sociais, se nos reconhecemos como filhos de um mesmo Pai?
Que Deus Pai Todo Poderoso venha em nosso socorro, através de seu enviado filho Jesus Cristo, e nos conceda a graça de sermos seus seguidores. Seguidores que anunciam, testemunham e vivenciam a palavra de Deus no cotidiano, em todos os seus dias. E que, espelhados no mestre Jesus, conseguem ir ampliando, pouco a pouco, a reduzida visão da constelação familiar. Amém!
Abraços fraternos.
Nancy – professora
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