Sexta - feira, 29 de julho de 2011.
Evangelho – Jo 11, 19 – 27
A missão de pregar e levar à misericórdia as pessoas era a meta de Jesus. Não importava o meio ou situações complicadas que pudessem fazer desistir do compromisso. Mesmo alertado do perigo que estava correndo pelos discípulos, Ele mostrou que não poderia deixar uma família desprotegida, não pela falta de Lázaro que morrera, mas desprotegida pela grande dor da perca e pelo desespero de não ter podido socorrer o doente.
Jesus coloca-se a disposição no trabalho. Disposição em colocar a serviço de alguém que necessita ou que está implorando a ajuda. A entrega da doação de seu tempo para realizar algo que possa confortar o aflito. O legado de Jesus é este: não importa o local, a situação e os meios; o que importa é ajudar e prestar solidariedade a quem precisa de verdade. Para que esconder-se? Não temos razões em querer fugir da realidade, precisamos ser disponíveis para o trabalho.
A comoção de Jesus está no pedido de salvamento da morte de Lázaro. Quando Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá", Jesus não conteve a decepção de não ter chegado a tempo, pois já fazia quatro dias que Lázaro foi sepultado. Mas a resposta sábia do mestre dos apóstolos colocara esperança na família: "Teu irmão ressuscitará". Marta respondeu: "Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia". Jesus provocador volta-se para Marta e disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais". Assim, surgiu uma luz, aquela luz que ilumina o caminho para quem anda de dia para não tropeçar, de que, algo de bom poderia acontecer. Estava ali, bem próxima delas o milagre que deixariam ainda com mais fé e provocasse nos judeus o acreditar na pessoa de Jesus.
A mensagem deste Evangelho é claro. A morte física acontece e desfalece todo um sonho da pessoa e da família. Mas quem acredita na ressurreição dos mortos, a morte física é a passagem de um estado para outro, ou seja, deixar a vida terrena, pois a missão do corpo já chegou ao fim, e, passar para a vida com Deus ou a vida eterna. Vida esta que desejamos e trabalhamos por ela. Tudo que fazemos na vida terrena é uma extensão para a vida pós-morte. Assim, morremos para o mundo para viver para Deus. Lázaro, não tinha morrido fisicamente, tinha sim, morrido para Deus.
A enfermidade de Lázaro é a doença do desprezo para com a coisa de Deus. É não aceitar na plenitude de Deus e não crer nos ensinamentos que possam curar as feridas do cotidiano como a falta de fé, o stress, da maldade, a violência, o desrespeito, a discriminação e o abandono. São enfermidades que apagam a Luz que clareia o caminhar da pessoa para que não tropece nos obstáculos. O mal provoca a cegueira e não permite que enxergue a sua frente a misericórdia de Deus.
Adormecido Lázaro distanciava da missão do homem. Mas qual é a missão colocada para o homem? Talvez fosse a missão de encorajar o irmão medroso de que tem potencial para executar grandes obras para o Pai; talvez levar a caridade aquelas pessoas que tanto necessita da ajuda, seja ela financeira ou espiritual; talvez despertar a consciência para perceber o quanto é importante para Deus e para o mundo; enfim, talvez a missão deixada para o homem fosse colocar a serviço da Palavra que não permite adormecer diante de tantas injustiças e maldades, como aquela cometida contra crianças inocentes na escola do Rio de Janeiro.
Crer na pessoa que liberta e salva deve ser a expressão da fé. Voltar-se para o Sagrado no amor infinito e dizer: nada de mal acontece comigo, pois sei que o Senhor está comigo. A fé das irmãs trouxe Lázaro de Volta para a vida, ou seja, acordou para do sono profundo. Elas creram no Senhor e provou para Jesus quando disse: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo" .Vejam caros irmãos, a fé leva ao encontro do Pai, mas algo não permite que a expressão da fé manifesta na sua plenitude, pois quantos Lázaros adormecem em nós; quantos Lázaros não enxergam a necessidade de mudanças. Estes Lázaros devem ser acordados e colocados a serviço do Pai. O acordar de Lázaro é a FÉ penetrando em nossas entranhas para vivificar o desejo de encontrar Deus. Não podemos imitar Jesus que foi corajoso, que enfrentou os judeus sem demonstrar medo, mas enxergar em Jesus o caminho que leva a descobrir o encantamento e prazer de viver a verdade.
Portanto, colocar-se de pé como Lázaro é uma proposta para nós. Ao colocarmos de pé estamos dispostos a sai para algum lugar, mas esperamos que seja para fazer o bem e divulgar os ensinamentos de Cristo. Assim, não sejamos Lázaro morto, mas sejamos Lázaro acordado para a missão. Que assim seja, amém!
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Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
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