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22 de jul. de 2011

“Não se perdoa porque se perde...” - Diac. José da Cruz

11 de Agosto

Evangelho Mateus 18, 21 – 19,1

        Quando em uma causa temos razão absoluta, porque fomos ofendidos, prejudicados, por alguém, acabamos saindo por cima. Podemos mesmo apontar o dedo para a pessoa, fazer um belo discurso, dar-lhe uma lição de moral, arrasa-lo e isso nos dá um certo prazer pois a pessoa não terá a mínima chance de se defender já que toda a razão está conosco. Quando se perdoa comsinceridade, somos obrigados a descer desse Pedestal diante daquela pessoa, e descer ao mesmo nível, isso significa uma perda sim senhor, pois a partir de então não vou poder me dirigir a ela com arrogância e prepotência, como Dono da Verdade, vamos falar em tom de igualdade.

Perdoar significa abrir mão de toda essa razão, para dar ao outro uma chance de se refazer, de reiniciar e fazer a coisa certa. A Parábola do Filho Pródigo é a referência máxima de perdão e misericórdia, quando o Filho se aproxima do Pai, este poderia crescer prá cima dele, humilhá-lo com palavras rigorosas, dar-lhe uma bela lição, e rebaixa-lo a condição de servo, que foi o que ele mesmo chegou a cogitar...os servos na casa do meu pai têm pão a vontade.

Mas o Pai o acolheu na mesma posição de antes, restituindo-lhe a dignidade de Filho. A pergunta de Pedro feita a Jesus, é uma tentativa de colocar um limite no Amor, com isso, o apóstolo está insinuando que provavelmente, até Deus tenha um limite para o perdão. Nós pensamos desse jeito, e achamos que "A paciência têm limites...", é o que vociferamos diante de alguém a quem ajudamos e que agora se volta contra nós...

Se Pedro esperava um elogio, ou um abrandamento de Jesus, para o ato do perdão, ficou decepcionado com a parábola que Jesus contou, onde o devedor de uma grande fortuna acabou perdoado pelo seu Credor, mas saindo dali, encontrou um sujeito que lhe devia um valor irrisório, além de não perdoá-lo quando ele suplicou, mandou pô-lo na cadeia juntamente com toda família...E assim, diante do Credor extremamente bondoso, agiu com a maior perversidade possível, não sentindo a mínima compaixão do que lhe devia.

Jesus está dizendo que o amor de Deus, a sua misericórdia e perdão, concedido ao homem, é infinito, incondicional e gratuito, e que o homem que Nele crê, deverá pautar sua relação com as pessoas exatamente desse modo, por isso respondeu : setenta vezes sete, e não apenas sete vezes como insinuara Pedro.

O evangelho tem como foco precisamente a vida em comunidade, onde há muitas ofensas, grandes e pequenas, onde as pessoas não querem perder, onde desfilam muitos Egos cheios de vaidade e orgulho. Não podemos esquecer do sentido do perdão: perdoar é perder, é deixar de "sair por cima" da situação, é igualar-se a outra pessoa, é se fazer humilde, e se preciso for é aniquilar-se como Jesus, aquele que se esvaziou de si mesmo. Ao propor sete vezes para perdoar ao outro, embora supere a norma Judaica que se restringia a três, Pedro

Não quer perder muito, e Jesus lhe responde que perdoar de coração é abrir mão de tudo a que se tenha direito. As relações, principalmente na comunidade, devem pautar pela igualdade, ninguém pode tratar o outro de cima para baixo, isso seria trair o princípio Cristão, isso seria ser uma caricatura de Igreja...

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