04 DE Agosto
Evangelho Mateus 16, 13-23
Jesus precisava saber o que pensavam dele, não porque estava passando por uma crise de identidade, mas para saber se as pessoas compreendiam bem o conteúdo da sua missão. Eu sempre achei muito válida esse tipo de pesquisa, nas formações com os agentes de pastoral, e com os ministros da palavra ou a equipe de canto pastoral, sempre costumo dizer que é importante perguntar para as pessoas como é que está o nosso trabalho, e o que elas acham de nós. Afinal precisamos ter um Feedback para corrigir a rota, o método, pensar em novas estratégias, não é errado pensar assim dessa pergunta de Jesus. Note-se que ele selecionou o seu público alvo, primeiro queria saber o que o povão pensava, e depois, em um segundo momento, a pergunta é feita aos próprios discípulos. Para Jesus interessa muito, o que o grupo pensa a respeito dele, afinal eles darão seqüência á missão, estão sendo preparados para isso, é uma espécie de Sabatina.
O que é a comunidade em nossa vida e o que somos na Vida da Comunidade? Será que já paramos para pensar? O texto de Mateus tem como centro a resposta de Pedro que fala em nome do grupo e aqui é instituído o primado de Pedro. Jesus edifica a sua Igreja sobre homens comuns, mas que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus, pois a resposta de Pedro convence a Jesus que o grupo está preparado, embora o destaque é para Pedro, mas não podemos nos esquecer que ele falou pelo grupo. O que é importante em uma comunidade cristã? Ter pessoas especiais, talentosas, extraordinárias no que fazem? Claro que não, elas podem até ter esse perfil, porém, o essencial é que professem a Fé em Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo...Não do Deus morto mas do Deus Vivo, que caminha com a sua igreja e nunca a irá desamparar.
Essa presença do Senhor na comunidade não é perceptível com os nossos sentidos, mas somente à luz da Fé, e a revelação vem do Pai e não dos nossos talentos, das nossas ações pastorais. Se a nossa Igreja fosse uma instituição meramente humana, com uma ideologia nascida da carne, na certa não teria passado nem pelo primeiro século da sua história. Essa Fé encarnada na História significa a aceitação de Jesus e a obra da Salvação que passará pela cruz do calvário, portanto é também uma aceitação da cruz em nossa vida, isso é que nos torna de verdade membros da Igreja de Cristo, que tem sim o poder de ligar o céu e a terra, porque é um Sinal Sacramental do Reino de Deus e participar dela, estar em comunhão com ela, já é uma alegre antecipação daquilo que um dia virá na plenitude.
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