Sábado, 23 de julho de 2011.
Evangelho – Mt 13,24-30
No Evangelho de hoje Jesus anuncia a vigília atentamente para que o mal não tome posse do ser da pessoa. A vigília deve ser uma constante para que o bem possa sobressair com retidão. Mas se não for possível ficar atento e o mal começar a penetrar com arrogância o cristão deve buscar na oração gratuita o perdão para gozar vida nova no céu.
Na parábola do joio e do trigo vemos claramente que o mal semeou a discórdia por uma distração do semeador, pois enquanto dormia, o inimigo semeou o joio no meio da plantação de trigo para enfraquecer a produção. O inimigo que é o demônio deseja que a comunidade padeça em conflito para gabar de sua postura de ataque. Quanto mais ódio e desavença constar na comunidade de Cristo, mais feliz o demônio ficará. Neste caso, para o demônio seu objetivo estará sendo viável, pois a confusão é seu propósito.
Na grande comunidade do povo de Deus o que mais vemos são as discórdias. Cada um quer ser maior do que outro. Não enxerga o irmão como um amigo e parceiro, mas enxerga como um desafeto e/ou concorrente. Já olha para o outro com preconceito. Acredita que não pode confiar no irmão, pois este vai passá-lo para trás. Sempre desconfiado nas ações procura-se o individualismo. Quer tirar maior proveito para satisfazer seu ego egoísta, interesseiro e comodista.
Acontece que se esquece da palavra revelada pelo mestre Jesus. Todos os homens da terra ficarão diante de Deus no dia do Juízo Final. Seja rico ou pobre, seja branco, amarelo ou negro, seja crente ou ateu, seja menino ou adulto prestarão contas da vida terrena. Para Deus aquele que observou os mandamentos, cumpriu sua tarefa de servo do Senhor, acolheu os indigentes, favoreceu o outro para encontrar Deus, amou todos com muito amor, reconciliou com o irmão e pediu perdão pelos atos contrários de Deus, receberá a recompensa no céu, ou seja, permanecerá no paraíso dos céus junto com o Pai. Entretanto, aquele que aproveitou do irmão, maltratou os pequeninos, explorou severamente os pobres, não deu chance para que o irmão reconciliasse contigo e não conhecesse Deus, violou os mandamentos, foi infiel a doutrina de Cristo, passará para o submundo do mal. Passará por dores, trevas, desconforto até se redimir das mazelas cometidas quando vivia na ilusão de um mundo construído somente para sim.
Da maneira que o agricultor separará o joio do trigo na colheita, Cristo também, com tristeza de Pai, separará o homem bom do homem mal. Não pode conviver na eternidade o bem com o mal. A convivência deve ser somente o bem na Glória Eterna. Já o mal deve ser queimado, exaurido e trucidado pelas verdades de Cristo. Este não tem vez.
Ficai atentos para que o mal não tome conta das ações do homem bom. Na família pode acontecer que o ódio e o desamor se propaguem no casal e nos filhos. São famílias desunidas que não conseguem a unidade por haver temperanças descomunais. O respeito não existe, cada um tem uma idéia e faz valer suas metas a qualquer custo. O resultado disso já conhecemos: mortes. Isto mesmo: mortes na família provocada pelo mal. Faltou o amor, faltou a vigília, faltou o perdão, faltou o reconhecimento, faltou a ligação da fé, isto é, faltou colocar Deus no tempero da família. Quando Deus está ausente no seio família o demônio toma conta nos vícios das drogas, no vício da bebida, no vício do cigarro, no vício da prostituição e na infidelidade. A destruição está completa. O mal tornou-se um câncer. Não tem mais jeito, a não ser a busca do perdão e da reconciliação.
Portanto, vigiai sempre o mal para que não tome conta de você. Preservai sempre as coisas de Deus na condução da justiça e no amor do Pai. Fazei sempre o bem para que o coração aprenda a reconhecer a pobreza de espírito. Fortaleça sua graça para que Deus esteja sempre com você. Amém!
--
Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
Nenhum comentário:
Postar um comentário