Sábado, 01 de Outubro de 2011.
Evangelho – Lc 10,17-24
Os discípulos e Jesus se alegraram por fazer valer de suas palavras. Em missão os enviados de dois em dois expulsaram demônios, curaram enfermos e libertaram do mal muitas pessoas que acreditaram na mudança de vida. Na volta, ao encontrar-se com Jesus, mostraram sua alegria por ter realizado suas tarefas com eficiência. Ao mesmo tempo Jesus glorifica ao Pai por ter confiado nos discípulos sua missão de converter o pensamento do homem pobre em pensamento de libertação.
O evangelista Lucas ao descrever esta passagem para sua comunidade esperava que todos aderissem ao projeto de libertação. Quem anda com Jesus e anuncia sua palavra só tem a ganhar. Pois aprendeu a amar as coisas boas. Vale a pena ser mensageiro da verdade porque cativa os infiéis e coloca esperança em seus corações.
A alegria dos discípulos é a alegria dos cristãos anunciadores de um Deus que não explora e não maltrata o outro. A alegria do cristão é a satisfação prazerosa de ver sua ação em movimento e provocando atitudes diferenciadas, mas atitudes sérias e cheias de vida. A alegria do cristão está na desalienação da consciência do sujeito que não consegue enxergar o verdadeiro Deus. Está tão tapado que o ignorante e os falsos inteligentes são adorados como se fosse o seu deus. Deixa o satanás apossar-se do seu ser e acaba trabalhando para ele. Mas quando alguém consegue ascender uma luz no fim do túnel e dá uma pequena esperança de renovação, afastando o sujeito do maldito-malfeitor, a alegria deve transparecer em todas as circunstâncias. É a revelação de Deus na pessoa que sabe levar o testemunho da inovação para os necessitados.
Para Lucas, o verdadeiro servo é aquele que trabalha no meio do pobre, vive a dor, a angústia, as tristezas e as mazelas dos pobres, e faz desta situação eficácia num reino de paz e prosperidade. Somente os pobres podem compreender a justiça divina; somente os pobres são capazes de sentir-se junto de Deus e ser acolhido por Ele. Assim, o Reino de Deus pertence aos pobres e aos humildes, de coração puro e temente a Deus. Quem conhecer a pobreza pode conhecer o Reino de Deus; porém conhecer a pobreza, mas não vivê-la, não conhece o Reino da Justiça e da Verdade, este é o satanás que se passa por homem bonzinho e caridoso, mas maltrata e explora o pobre.
Portanto, os pretensiosos usam a miséria para fazer história. Mostram-se compassivos e misericordiosos com os empobrecidos, dizem que até ajudam com bolsa alimentação, auxílio saúde, posto médico, escola, habitação e segurança. Entretanto, são pretensiosos porque usam da boa fé do homem pequeno e despreparados para atacar como raposas. São víboras, cobras que sabem dar o bote na hora certa, usam do povo como massa de manobra, tocam o povo como bois pelas estradas da vida, dão migalhas como se estivessem fazendo a melhor coisa da vida; mas, são pretensiosos e interesseiros. Já para aqueles que querem um mundo melhor e limpo destas víboras devem ser despretenciosos. Fazer as coisas para os pequenos e desvalidos, mas sentir a pobreza e a miséria. Levar novos projetos de transformação social com objetivo de dar esperança e realização da justiça para todos. Isto significa alegria para Jesus.
Mas esta mensagem de Lucas não ficou somente no passado. Ela ainda é válida para nós. Somos conhecedores do Evangelho e usamos a favor dos pobres ou usamos os pobres como escada para o sucesso? Fica a indagação para novas reflexões. Que o Deus poderoso ajude-nos a compreender o seu mistério com perfeição e façamos trabalhadores para o Reine e nos alegremo-nos na sua glória, amém!
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Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
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