20 de Setembro de 2011
Evangelho Lc 8,19-21
A exemplo de Maria, nós também devemos estar sempre procurando por Jesus, mas sem nunca achar que merecemos algum privilégio por ser um seu seguidor!
A humildade, é a condição essencial para nos aproximar de Jesus e nisso temos também Maria como Mestra! Mesmo sendo escolhida para gerar o filho de Deus, ela nunca reivindicou privilégio! Maria sempre compreendeu que mesmo tendo nascido de suas entranhas, Jesus não lhe pertencia, ela sabia que seu Filho tinha uma missão a cumprir!
Maria sempre esteve do lado Jesus, sempre intercedendo a Ele em favor do povo, se tornando a primeira discípula e missionária, a grande colaboradora na história da salvação!
Vemos sua significante participação no primeiro milagre realizado por Jesus, nas Bodas de Caná: (Jo,2) Maria estava lá e logo que percebeu a falta de vinho, intercedeu a Jesus pelos donos da festa. E confiante no poder do Filho, ela disse aos empregados: “fazei tudo o que Ele vos disser”! Isso mais uma vez, comprova a importância de Maria, que continua a nos apontar Jesus e a nos pedir que façamos tudo que Ele nos disser.
A nossa procura por Jesus, deve ser sempre na condição de discípulo, que encontra no Mestre o caminho que o leva ao Pai!
Somente assim, vamos ser considerados membros de sua família!
É importante que tenhamos sempre o cuidado de não ver em Jesus, um ser humano como nós! Pois, se assim fizermos, corremos o risco de contestar os seus momentos de rigor, e até mesmo os seus ensinamentos, por fazermos análises sob a lógica humana!
Quem de nós seria capaz de colocar o amor aos amigos no mesmo patamar do amor à família?
Podemos perceber aí, a grande diferença entre o humano e o Divino.
Jesus era humano e Divino, mas em todas as situações que exigia Dele uma posição, era sempre o seu lado Divino que prevalecia! E Maria, sua Mãe, compreendia tudo!
Podemos perceber isso claramente no evangelho de hoje, quando Jesus, ao ser informado que sua mãe e familiares queriam falar com Ele, Ele não se afastou da multidão para atendê-los, não interrompeu o seu compromisso assumido com o Pai!
Para muitos, pode parecer um desprezo de Jesus para com a sua família, mas na realidade, o que Ele quis dizer era muito mais profundo: Jesus quis ampliar a sua família, o que certamente alegrou Sua mãe, que O amava e amava o povo!
“Todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”! Com essas palavras, Jesus não desconsiderou sua Mãe e sim, a elevou, porque ela cumpria a vontade do Pai, colocando-se a disposição de Deus, desde o anuncio de que ela seria a mãe do Salvador! ”Eis aqui a serva do Senhor, faça em mim, segundo a Sua vontade”!
Sempre que deparamos com este evangelho, ficamos centrados na referencia que Jesus faz, de quem é sua família e não meditamos a mensagem principal do evangelho: fazer a vontade de Deus! Quem for batizado e assim agir, fará parte da família de Jesus!
É bom lembrarmos também, da grande preocupação de Jesus com Maria, manifestada na cruz, quando Ele confiou ao apóstolo João os cuidados de sua mãe. Isso deixa claro, que Maria, a Mãe de Jesus, não tinha parente mais próximo, do contrário, Jesus não poderia agir assim, devido a lei vigente da época, que Ele observava fielmente. Pela lei, na falta do irmão mais velho, outros filhos ou esposo, deveriam se responsabilizar pelos seus. Portanto, conclui-se, que Maria além de não possuir outros filhos, era também viúva!
E para nossa felicidade, ao dizer ao apostolo João: “Filho eis aí sua Mãe”, Jesus nos lançou também nos braços de Maria, oferecendo sua própria Mãe, como nossa Mãe!
Fazer a vontade de Deus é o único requisito que Jesus nos apresenta para fazermos parte da Sua família!
Olívia Coutinho
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