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18 de set. de 2011

“Temos medo de perguntar a Jesus?” – Claudinei M. Oliveira


       
Sábado, 24 de Setembro de 2011.

Evangelho  Lc 9,  43b-45


            Estamos refletindo nos últimos Evangelhos diários a preparação de Jesus para a morte na cruz. O evangelista Lucas relata a sua comunidade a serenidade de Jesus diante da maldade que vai lhe acontecer. Mesmo tentando esconder de seus seguidores a morte na cruz para não causar espanto e pavor, tem-se uma admiração altíssima daqueles que o seguem. Também  era para causar entusiasmo do povo, pois por onde passava não perdia tempo em tirar os fardos dos ombros dos homens escravizados e as travas dos olhos de muitos que não enxergavam os causadores dos males.
           
            Porém a maior admiração que Jesus provocava estava na ousadia de enfrentar os malfeitores da época. Mesmo no meio de tantas pessoas que asseguravam o direito do homem impostor com garras afiadas, Jesus e seus discípulos transitavam livremente entre as feras e ensinado a verdade. Sinal de serviço e missão. Serviço para o Reino, ou seja, trabalhar diariamente para que o homem não pereça no pecado, e missão era a dissipação da palavra revelada, ou seja, doutrinar o homem para que compreenda o mistério da salvação.

            Voltamos a palavra de Jesus e nela percebemos um Homem despojado para a entrega: não esqueçam o que vou dizer a vocês: o Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens. Ele sabia que estava diante daqueles que iriam matá-lo, mas antes torturariam para mostrar a feracidade do homem terreno e pecador. Diante desta situação conflituosa, quem ousaria fazer alguma pergunta a Jesus! Nem os discípulos tinham coragem de perguntar algo a Jesus, porque não os viam sem a presença do maior Mestre.

            Interessante que não temos medo de fazer a pergunta a Jesus. De vez em quando até cobramos:Senhor, por que nos abandonou? Senhor, escuta meu pedido! Senhor, estais perto de mim mesmo? Senhor, abra seus braços para aconchegar um pouco! São tantas as perguntas e cobranças que deixamos até nosso Deus preocupado com tanta insistência.

            Talvez  se perguntasse  para mim mesmo: o que estou fazendo para não  ver tanto sofrimento de meu Deus na cruz? Sigo seus ensinamentos para libertar do pecado e das perdições mudanas? Sou coerente comigo e com meus amigos, sou capaz de ouvir atentamente suas palavras e praticar o bem com hombridade? Levo comigo o meu Deus bondoso nas minhas ações comunitárias? Poderíamos fazer uma infinidade de perguntas para tentar encontrar respostas. Garanto que responderemos bem poucas questões.

            Acontece que matamos nosso Deus aos poucos com nossa ansiedade por querer além do necessário. Somos gananciosos, somos pecadores, somos corruptíveis, somos soberbos, somos homens que matam Jesus por acreditar que estamos corretos. Alguma questão ainda não me convenceu: se conhecemos a história de vida e pregação de Jesus e sua morte na cruz para livrar de nossos pecados, por que ainda não aprendemos a amar e a viver o que Jesus ensinou? Veja que já passaram dois mil anos e continuamos no pecado e na avareza. Continuamos sem nosso Deus por nossa culpa e pela nossa ignorância.

            Caros leitores, ler o Santo Evangelho é mergulhar nos mistérios divinos. Ele nos ensina a viver na fraternidade. O maior exemplo que encontramos está na ação de Jesus. Este homem não usufruiu das melhores casas, nem das melhores vestes e nem precisou dos privilégios do poder para assegurar suas ilusões. Jesus viveu na simplicidade, conviveu com todos os segmentos sociais  e amou a todos.

            Será que precisará de mais exemplo para nos convencer? Será que não enxergamos nosso Deus no sofrimento de milhões de irmãos descalços, despossuídos, desnutridos, desanimados? Será eu não enxergamos a presença constante de Jesus nas mães aflitas por ver seus filhos nas baladas, nas drogas, nas prostituições, nas sarjetas, nas ruas pedindo esmolas, nas violências raciais, nos preconceitos, nos bulling?

            O que precisamos é de atitudes sérias. Sermos servos comprometidos com a salvação e sermos fiéis aos princípios do Santo Evangelho. Rezemos sempre pelos homens que ainda não encontraram este Jesus que deu sua vida para livrarmos do mal aterrorizante. Coloque em nossos corações o amor para com todos os irmãos. Que este Deus continue nos protegendo de todos os males para sempre. Amém!

-- 
Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!

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