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16 de set. de 2011

“Liberdade e vida para todos” – Claudinei M. Oliveira


       
Domingo, 18 de Setembro de 2011.

Evangelho –  Mt 20,1-16ª

            Somos convidados pelo evangelista Mateus refletirmos  sobre a  busca do Reino da Justiça: estamos agindo corretamente com nosso Deus ou estamos querendo ganhar lucro maior  que o Outro irmão? Estamos fazendo a nossa parte com sinceridade nos objetivando para conquista da Salvação ou estamos de olhos nas atitudes dos vizinhos e observando o seu ganho? Mateus é claro na narração da Palavra: faça sua parte e deixa que o patrão (Deus) cuida corretamente das coisas.

            Diante de nosso Deus não tem o justo e o injusto. Todos são tratados iguais, pois Ele quer o bem comunitário. O que na verdade  importa é o amor que temos com o trabalho do Reino. Olhar para a messe e fazer o melhor  possível no agrado do  Criador. Busca na ação diária uma constante de apego pelo Reino para enxergarmos caminhos livres e motivadores. Significa também  fazer a nossa parte com sinceridade para que agrademos aqueles que estão ao nosso redor e espelhamos algo para ser seguido.

            A parábola do vinhateiro parece a principio ser injusta com aquele que labutou o dia todo no pesado e ao chegar a tarde recebeu a mesma moeda daqueles que pouco trabalharam. Como pode uma pessoa receber o mesmo tratamento se o seu serviço foi menor? Esta pergunta-idéia é bem do mundo moderno. Valemos o que temos e recebemos pelo esforço obtido. Tudo hoje é medido pela dedicação e pela energia contida no esforço. Caso contrário, se não alcançou a meta estimulada, não receberá o combinado.

            Mas para o Reino de Deus a justiça é diferente. Mateus escreve para sua comunidade na esperança  de que os cristãos se envolvam com afinco na missão evangelizadora. Não importa se o colega vai esforçar do mesmo modo que você; se não quer envolver por completo na missão estipulada; o que importa para Deus, na visão de Mateus, o pouco que fizer será grande perante o projeto de Deus. O que não pode é não envolver com ação evangelizadora ou com ação que leva o despertar do outro para novos caminhos de libertação. O cristão deve pleitear participação na constante busca da fé.
            
            Outra advertência de Mateus foi quanto a reclamação dos operários que trabalharam o dia todo na esperança de receber mais do que o outro que trabalhou pouco. Assim, os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros. O patrão quando foi pagar com a moeda de prata chamou primeiramente os últimos contratados e depois que efetuou o pagamento para os primeiros operários. Na verdade é uma excelente lição para nós cristãos. Acreditamos que por estarmos sempre na igreja já estaremos salvos. Isto não é uma certeza. Deus quer que sejamos bons trabalhadores e sempre tocando à frente do serviço na comunidade. Mostrará uma alegria pela árdua dedicação. Mas, o irmão que descobriu o caminho da igreja nos últimos dias de sua vida, também receberá o mesmo tratamento. Isto para Deus é justiça.
           

            Agora se brigarmos com Deus pela atitude de acolher primeiramente o irmão que julgamos não ser merecedor, significa que nossa missão na igreja não tem raiz profunda, ou seja, agiu do mesmo modo quando o construtor  elaborou sua casa na areia, veio o vento e a levou. Devemos ter fé, dedicação e perseverança na vida enquanto buscamos a salvação eterna. Não importa o pagamento maior ou menor; o que importa é agir de modo que o Cristo esteja sempre bem perto de nós.

            Diante de tantas atitudes maléficas e “desconceituadoras” em nossa sociedade podemos afirmar que pouco fazemos para que a justiça e  a liberdade reine entre nós. O que enxergamos são aberrações diárias com os irmãos mais empobrecidos, deixados à margem da sociedade e sem perspectivas de mudança de vida. Olhamos para a realidade e não vemos as violências, as maldades e as corrupções. Nossos olhos não enxergam mais nada além do que gostaríamos de ver.

            Mas o que gostaríamos de notar? Que somos maiores e mais poderosos do que o outro; de que conseguimos sobressair enquanto nosso irmão foi atropelado pela má sorte; que estamos dando se bem nos negócios e os vizinhos estão  cada vez mais endividados; que estamos numa boa com fulano no poder e nossos amigos nem conseguem chegar perto dele; que sou o tal e o outro é um “Zé ninguém”. Infelizmente, pecamos a todos instantes pelas maléficas atitudes insensatas, mas é uma realidade.

            Perguntamos mais uma vez: o que deveríamos enxergar? Deveríamos enxergar a alegria nos olhos de cada irmão, reconhecê-lo como co-autor de novos projetos, que somos uma família que objetivamos a paz e a cordialidade, que queremos e fazemos o bem para aqueles em desconexo com a vida, que estamos dispostos a ajudar a todos  e que todos somos irmãos e os amamos.

            O que precisamos é abrir nosso coração para um Deus que sempre nos ama e pede que sejamos acolhedores. Deixamos de lado o egoísmo, a falta de perdão, a má vontade e a arrogância. Preparamo-nos para que agindo retamente possamos receber as graças de Deus e suas benevolências. Que assim seja, amém!

-- 
Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!

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