Bom dia!
Hoje, poderíamos também partilhar Lucas 2, 33-35 que é justamente o oposto desse momento. Em Lucas nos lembraríamos da apresentação de Jesus no templo, onde fora revelado a Maria o destino final de seu filho, que vemos no Evangelho de João.
Qual seria a dor maior? Saber anos antes (Lucas) ou presenciar o fato (João)?
Quantas pessoas conhecemos que também vivem calvários pessoais? Pessoas que mediante a força dos ventos viram seus planos ir embora; ou vêem algo sair errado ao planejado com relação a família (filhos, esposo, esposa), ao trabalho (desemprego, falta de oportunidade, baixo salário), (…)? Jesus era ainda bebe quando ao templo, portanto Maria guardou em seu coração por cerca de 30 anos um sofrimento silencioso, pois sabia que perderia seu filho.
“(…) Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”. (Lucas 2, 34-35)
Que poderíamos pensar no lugar dela? Esconder a criança? Fugir para bem longe? Ela preferiu enfrentar… Maria, por amor ao projeto de Deus, jamais se prostrou diante da dor. Viu seu filho crescer na graça e por fim se entregar na Cruz.
Quantos de nós sofremos por antecedência? Às vezes nem vivenciamos o problema e já estamos sofrendo. Vem o vestibular, a prova de um concurso, uma entrevista de emprego e nosso pensamento já esta derrotado, pessimista, (…). Temos um filho ou filha que nos dá muito trabalho na escola, não se interessa, fica até tarde na rua, (…) e nosso pensamento já diz “o que será dele (a)”; Temos um marido que bebe; um filho sem regras e de vida transviada, o desemprego; dívidas, (…) e nosso pensamento já vai nos destruindo: “Fazer o que?” ou “Resta me conformar!!”
Precisamos PARAR IMEDIATAMENTE de sofrer por antecipação. Há uma possibilidade real que o que imaginamos nunca acontecerá e nós já estamos sofrendo. Saiba que sofrer antecipado é sofrer duas vezes, pois caso os fatos culminem para o que imaginamos sofreremos antes de durante o fato.
Busquemos o exemplo de Maria, a Senhora das Dores, sabendo o que iria acontecer se preocupou em com aproveitar ao máximo o tempo. Ninguém ouviu tão bem como ela, ninguém entendeu o projeto como ela, ninguém acreditou mais do que ela, (…) É importante frisar que longe de mim acreditar que Maria apenas cruzou os braços e aguardou. Maria deixou clara a idéia que temos que muito por fazer. Temos seu exemplo e intervenção nas bodas de Caná; ela esteve perto do seu filho nos momentos mais marcantes… A SENHORA DAS DORES não ficou em casa se lastimando ou sofrendo imaginando o que estava a acontecer com seu filho.
Se temos problemas a serem resolvido, partamos para cima deles! Se ainda não temos, por quê então estamos a imaginá-los? Se ainda são “filhotes”, porque fazê-los crescer? É duro também aceitar que boa parte dos problemas que temos, isso eu insisto e enfatizar, infelizmente foi causado por nossas ações ou nossas omissões do dia-a-dia e talvez por reconhecer esse fato, sofremos mais do que deveríamos.
Meu irmão (ã), quem por acaso nunca errou?
“(…) Filho, pecaste? Não o faças mais. Mas ora pelas tuas faltas passadas, para que te sejam perdoadas. Foge do pecado com se foge de uma serpente; porque, se dela te aproximares, ela te morderá”. (Eclesiástico 21, 1-2)
Que Maria nos abençoe. Que seu espelho de vida, compenetrada, focada e pró-ativa possam nos ajudar a superar nossas dores, nossas fraquezas, nossos erros, (…).
Salve Maria!
Um imenso abraço fraterno
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