Sexta-feira- 30/09/2011
Lc 10,13-16
Havia, certa vez, um homem rico da cidade, que era amigo de um sitiante pobre. As duas famílias tinham um filho adolescente, quase da mesma idade. Um dia, o homem rico disse para o seu filho: “Eu combinei com o fulano, sitiante, de você, nas férias, passar dez dias lá na casa dele. Para você ver como é difícil a vida na roça e assim valorizar mais o que você tem aqui em casa”. Nas férias o menino foi. Passados os dez dias, ele voltou para a cidade, e o pai perguntou: “Então, você viu a diferença?” O filho disse: “Vi, pai. E que diferença! A casa lá é pequena, por isso vivem todos juntos; aqui vivemos isolados uns dos outros. O Edson me deu a cama dele, e foi dormir no chão! Lá, eles desligam a televisão à noite e ficam batendo papo; aqui nós não fazemos isso. Lá eles tomam refeição juntos e rezam antes, reunidos em torno da mesa; aqui isso não acontece. Lá, todos são alegres e amigos, aqui existe muita discussão e mau humor. O mais bonito é que lá, à noite, a família se reúne e reza o terço; aqui isso não acontece”. O pai ficou envergonhado, pois o resultado foi o contrário do que ele esperava! Não é o que temos que vale, mas o que somos.
Hoje em dia não são mais as cidades que negam a presença dos missionários, pois sabem que precisam deles para atender os abandonados, os marginalizados na rua que não são atendidos. Porém, quem nega a presença dos missionários são, “muitas vezes”, algumas famílias, já que não querem ser acomodadas e acham, pelo próprio comodismo, que não precisam de Deus e de se converter.
A conversão gera confronto interno, levando à pessoa a buscar mudanças. Se tudo está bom, tenho meu salário, meu carro, minha casa, minha TV e computador, porque vou mudar? Há aqueles que têm tudo isso e até mais, só que não se entregam totalmente a esses objetos, buscam entender a realidade daqueles que não têm nada. Quantos advogados, médicos, psicólogos, professores, artistas, produtores de filmes, e muitos outros que dedicam parte de suas vidas comprometidos com a realidade humana? Deus é tão bom e, por isso, dá muitas oportunidades para rasgarmos nosso coração e aceitar uma mudança positiva, que faz o bem para a gente mesmo, para o irmão, enfim alegrando nosso criador. Que Jesus e Maria nos ajude em nossa missão. Amém!
Fr. Denis Francisco R. Oliveira CSsR
Nenhum comentário:
Postar um comentário