Sábado, 17 de Setembro de 2011.
Evangelho – Lc 8,4-15
O Evangelho nos convida a fazermos uma reflexão da nossa ação diante da Palavra de Deus. Será que estamos assimilando e vivendo aquilo que ouvimos ou estamos ouvindo e não entendendo o significado da Palavra? Ademais, sejamos corretos nas reflexões porque Jesus disse pela comunidade de Lucas que as sementes que caíram em terra boa são aquelas pessoas que ouvem e guardam a mensagem no seu coração bom e obediente; e, porque são fiéis, produzem frutos. Talvez, acreditamos que somos aquelas sementes boas que caíram em terra fértil, produzimos bons frutos e somos fiéis aos projetos de Deus, entretanto, esta idéia não passa de ilusão, pois as práticas diárias com os irmãos não passam de tapeação ou engodo.
Querer viver uma realidade que exige entrega e ousadia do amor é algo maravilho que faz bem para qualquer cristão. No mundo das idéias até podemos acreditar que ouvimos os ensinamento de Cristo, acreditamos em estar preocupados com a situação empobrecida do irmão e agimos retamente com o Santo Evangelho. Além disso, freqüentamos a igreja, ajudamos nos movimentos sociais acampados pelas pastorais, catequizamos crianças na doutrina da igreja. Não temos como não ouvir e viver a Palavra de Deus. Neste caso, estamos sim construindo o Reino de Deus para todos.
Mas toda a atenção é pouca, porque Jesus afirmou que as sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso os frutos que elas produzem nunca amadurecem. A advertência é clara, não basta ouvir, mas saber ouvir e fazer a Palavra chegar ao coração para enraizar por completo.
Como sabemos que o Semeador é Deus, as Sementes são as Palavras do Santo Evangelho e o Terreno é o homem, fica fácil de compreender a parábola do semeador contado e explicada pelo próprio Jesus. A simplicidade de Lucas ao transcrever para sua comunidade a explicação da parábola, mostra que nem todos estavam vivendo de acordo com as pregações de Jesus. Agora, usando está metodologia em explicar claramente a parábola os membros da comunidade de Lucas poderiam entender a vivência coletivamente.
Perguntamos: que tipo de pessoa quer ser? Ou que tipos de fruto querem produzir? Se quisermos ser uma pessoa amiga, capaz de compreender a realidade em sua volta, se preocupar com os excluídos, favelados, desleixados e maltratados, se queremos ser uma pessoa de coração aberto e acolhedor; então devemos não aceitar que o mal conviva nas nossas práticas. O diabo está atentando a todo instante a nossa pessoa para não ouvirmos o Santo Evangelho. Coloca diante de nós muitas tentações com belos prazeres, enche nossos olhos com delícias libidinosas até indispensáveis, mas devemos ser fortes para sermos pessoas de coração puro que produzirá bons frutos: paz, amor, fraternidade, alegria, comunhão, etc.
Portanto, somente quem compromete com a Palavra de Deus e viva a essência da maturidade cristã é capaz de entender a parábola. Mesmo sendo muito simples para entendê-la ou compreendê-la, torna-se muito difícil vivê-la na sua essência. São tantos tormentos colocados pelo mundo capitalista moderno que ilude nosso viver e nosso pensar. Sempre acreditamos que um dia poderemos mudar de vida. Mas os dias passam, o tempo é implacável e, quando pararmos para refletir, não temos mais voltar no tempo para refazer. Nosso tempo se foi, agora é agüentar as conseqüências da Verdade.
Não deixamos que as tentações do mundo nos corroam, sejamos amante da Palavra para que possamos produzir bons frutos para o Reino de Deus. Que este Deus faça presente na vida de cada um que se preocupa com a unidade fraternal entre todos e guiando sempre os passos rumo a salvação eterna. Amém!
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Claudinei M. de Oliveira
Leia a Biblia, ela é nossa guia!
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