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4 de nov. de 2011

"Os parentes de Jesus..." – Diac. José da Cruz



21 de Novembro Segunda Feira

Evangelho Lucas 12, 46-50


( Embora não pareça, é um momento em que Jesus confirma a sua "ruptura" com a família, por causa da sua opção definitiva pelo Reino de Deus)

Convém explicar duas coisas importantes senão vamos "vestir um Santo" e deixar o outro descoberto. O termo mãe e irmãos não é aplicado no texto do modo como entendemos hoje, a mulher progenitora, aquela que deu a luz a Jesus, e seus irmãos de sangue. Irmãos é um termo comum aplicado a parentesco, principalmente aos primos, e a palavra Mãe, é a Mulher idosa daquela casa que é a Matriarca. Então não dá para afirmar categoricamente que a MÃE era Maria de Nazaré, mesmo porque, o assunto que eles iriam tratar com Jesus era tentar convencê-lo a desistir daquela vida, suspeitavam até que ele estivesse com algum "desvairio" ou "demência".

Não queremos aqui defender Maria de Nazaré, mesmo porque ela não era uma super mulher que sabia tudo a respeito do seu Filho, se essa Mãe mencionada pelo evangelista, for Maria, não há nenhum problema nisso, acontece que as probabilidades de não ser Maria são muito grandes pois Maria, sempre discreta, jamais iria procurar o Filho publicamente, mas conversaria com ele a sós, em outra hora. Mas olhando a resposta de Jesus, podemos perceber que, ainda que fosse Maria de Nazaré, as palavras do Filho não significaram para a Mãe um desprezo ou indiferença, ao contrário, um elogio, pois quem como Maria, de modo excelente fez a vontade do Pai ? Maria é a primeira cristã, a primeira discípula, justamente porque confiou em Deus e se fez serva para cumprir a sua vontade.

Mas o texto mostra que nada ou ninguém, nem mesmo os laços familiares, conseguirão impedir que ele siga o caminho que escolheu, onde cumprirá com extrema fidelidade a Vontade do Pai, consumando a sua vida, para rest0ituir ao homem a Dignidade que um dia ele recebeu na obra da Criação.

Quem caminhar com ele, por causa dessa mesma opção, tomará parte do seu reino, estará com ele em comunhão, pois na comunidade cristã o que nos une não são mais os laços familiares, mas a Fé, a Graça de Deus recebida, a partir de um único Batismo.

 

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