25 de Julho
Evangelho Mateus 20, 20-28
Quem ocupa um lugar de honra ao lado da pessoa mais importante do grupo ou da Instituição, é alguém de grande confiança e que é igual ao Líder, pensa da mesma forma, percorre os mesmos caminhos, tem as mesmas idéias. Enfim, é um Imediato que, se precisar ficar no lugar do Chefe, vai fazer tudo igualzinho a ele. Não é assim? Ninguém vai ter um Imediato ou assessor que pense contrário e faça tudo diferente, mas alguém que comungue dos mesmos ideais.
A Mãe de Tiago e seu irmão quer ver os Filhos bem de vida, e acredita que no Reino Messiânico eles são qualificados para serem os assessores diretos de Jesus. Certamente eles muito longe de pensarem como o Mestre, se pudessem por um só instante vislumbrarem o que estava para acontecer, prefeririam ficar a quilômetros de distância de Jesus...mas sonham com vantagens e privilégios e não sabem o que pedem.
Na comunidade cristã é "igualzinho" depois do Padre ou Diácono, qual é a função mais importante? Pensa-se assim em um Clero que está junto ao seu Bispo, pensa-se assim nos Movimentos que tem autonomia em relação a paróquia, e pensa-se assim nos Ministérios Leigos e nas pastorais.
Em nossos tempos há um trabalho muito sério e bonito nas comunidades, que é o Cooperador,há quem pense que o Cooperador da Comunidade é o "Cara", nada pode ser feito sem a sua ordem, e a sua palavra é importante em tudo e para todos. Há mesmo casos em que ele discute com o Padre pois não quer ficar por baixo.
Um amigo evangélico disse-me que também em sua igreja há obreiro que quer mandar mais que o Pastor. Esse evangelho vem bem a calhar para uma reflexão sobre os trabalhos pastorais e os cargos e funções que os leigos desempenham.
O recado de Jesus no final do evangelho é muito claro : quem quiser ser grande entre vos, , se faça o vosso escravo, lembrando que um escravo não tem vontade própria, ele apenas serve o seu Senhor atendendo-lhe todas as necessidades.
Para quem assim fizer sempre haverá o cálice das amarguras e dissabores a ser bebido, portanto, se o nosso trabalho não for reconhecido, se não vierem elogios, se nunca prestarem a nós nenhuma homenagem, se esquecerem completamente de nós, se nem nos consultarem para decisões importantes, e se ainda nos criticarem e falarem mal de nós até para o Padre, bebamos desse cálice de amargura que o próprio Senhor bebeu, e enchamo-nos de pura alegria, pois somos de fato discípulos de Jesus....
Diac. José da Cruz
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