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17 de jul. de 2011

“Quem são meus irmãos e minha mãe?” – Claudinei M. Oliveira

       

 

Terça - feira, 19 de julho de 2011.

Evangelho – Mt  12,46-50

           

            No diálogo com a multidão Jesus surpreendeu o interlocutor com uma pergunta: 'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?' O homem ficou pasmado com a reação duvidosa. Ora, era a mãe e os irmãos que gostariam de falar com Ele e não estavam encontrando. Como pode um homem com postura tão reta, dando explicações de superação das mazelas sociais, incentivando a harmonia entre as pessoas e de repente  desconhecendo sua família? Neste caso não tinha mais motivo para ficar ouvindo suas palavras.  Estava perdendo tempo, pois a prática não estava correspondendo com a proposta ou com o projeto.

            Contudo Jesus estava correto. A família não se funde somente nos pais e irmãos. A família vai além dos consangüíneos. A família para Jesus são todos os homens e mulheres filhos e filhas de Deus. São as pessoas que acreditam na salvação por expressar a fé na comunhão fraterna. A família de Jesus, portanto, é o povo de Deus unidos na mesma esperança e que busca a justiça.

            Ao  estender a mão para os discípulos, Jesus disse: 'Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.'  Jesus não desfaz de ninguém. Todos são irmãos, pais e mães, porque fazem a vontade de Deus. Logo, aquela multidão que seguia as pregações de Jesus, ouvia atentamente e consolidava com ações de respeito, fazia parte de sua família. A vontade do Pai estava sendo observada pela multidão. Significava que as palavras de Jesus tinham sentido. Estas palavras, com efeito, transformavam as pessoas, renovavam suas atitudes, mostravam novos caminhos.

 

            Sim, novos caminhos! Os caminhos são portas que levam os sujeitos para tais objetivos. Às vezes, os objetivos são diversos como: caminhos do bem e caminhos do mal. Para Jesus somos irmãos na busca de um mesmo caminho. Caso um irmão desviar do caminho do bem, cabe aos outros recuperá-lo, trazê-lo de volta, fazê-lo enxergar o Norte para Deus. O papel da grande família é a unidade fraterna, é a partilha, é o amor, ou seja, é o bem querer de todos.

 

            Sabemos pelo Santo Evangelho que Jesus nasceu da Virgem Maria e seu pai chamava-se José. Foi um casal que doou a vida para ter o menino bem e com muita saúde. Sujeitou longas caminhadas para fugir dos perseguidores. Não desanimou. Mostrou ser forte na promessa feita ao anjo Gabriel. Levou a proposta de educar o menino-Jesus até o fim. Entretanto, o menino-Jesus não desapontou seus pais. Não seria diferente naquele dia em frente à multidão. Claro que Jesus sabia que Maria e José estavam a procura, como procurou na sinagoga de Jerusalém aos doze anos. Mas Jesus sabidamente ou espetacularmente soube transformar aquele episódio num momento de reflexão. Isto é, afirmar categoricamente que todos os presentes faziam parte de uma aliança família. Ninguém era desigual um do outro. Juntos formavam uma maravilhosa família; a família de Deus-vivo e presente no Filho-anunciador.

 

            Portanto, devemos tratar todos nossos irmãos com equidade. Pois, moramos num grande mundo que é a nossa casa. Significa que habitamos o mesmo espaço, logo devemos respeitar nosso Pai Celeste para caminharmos na mesma direção. Significa também que em nossa comunidade local as pessoas devem ter o mesmo tratamento. Não importa se é leitor, ou cantor, ou ministro ou fiel participante das celebrações; o que importa, juntos em comunidade, forma uma família, pois acredita no mesmo Deus e pratica a justiça com moderação. Que sejamos um fiel cristão praticante desta igualdade entre os irmãos e sempre zelando pela felicidade fraterna. Amém!

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Claudinei M. de Oliveira

Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!

 

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