“Só Deus pode julgar” – Claudinei M. Oliveira
Sexta - Feira, 09 de Setembro de 2011.
Evangelho – Lc 6, 39-42
No Evangelho de hoje aprendemos com a comunidade de Lucas que somente Deus tem o poder de julgar. Ele quem criou o céu e a terra tem o poder nas mãos para fazer a sua vontade, pois sabe o que é melhor para seu povo. Enquanto Criador atua sobre a sua criação abençoando e livrando de todos os males que podem atormentar o homem de bem. Logo, deixamos para o Deus onipotente a tarefa de dirigir nossas ações na observância de seus ensinamentos.
Os ensinamentos de Jesus para com seus irmãos são primordiais, pois primeiramente deveríamos fazer uma introspecção, reconhecer as limitações, perceber o que temos que melhorar para podermos ajudar o outro. Antes de voltar-se para o outro e ensiná-lo o que deveria fazer, necessita-se da humildade para primeiro corrigir os próprios erros. Caso contrário está sendo hipócrita consigo mesmo como disse o evangelista Lucas: se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.Porém, a tentação é enorme em querermos primeiramente tentar ajustar o outro, dar um rumo na vida do outro, intrometer nas decisões do outro, difamar o irmão por pura ignorância, mas não somos capazes de perceber que precisamos mudar muita coisa em nós mesmos. Por isso que somos hipócritas.
Jesus não remediou palavras quando pregava seus ensinamentos. Não titubeava diante da multidão. Falava claramente para ser entendido. Nas pregações que fazia seu juízo de valor ecoava para os quatro cantos do mundo, veja que Lucas escreveu usando as palavras de Jesus: não julguem, e vocês não serão julgados; não condenem, e não serão condenados; perdoem, e serão perdoados. Dêem, e será dado a vocês... Porque a mesma medida que vocês usarem para os outros, será usada para vocês. (Lc 6, 37-38). A capacidade de enxergarmos os defeitos no outro é grande, entretanto estes defeitos que enxergamos no irmão são nossos defeitos que não queremos vê-los ou senti-los. Sem querer ou até inconscientemente enumeramos uma série de aberração externa ao nosso Ser, mas na verdade são nossas as ditas aberrações. Contudo, a advertência é notória nas Palavras de Jesus: não julguem para não ser julgados e nem condenem para não ser condenados. Mais uma vez volto a afirmar: não devemos ser tão hipócritas conosco mesmo. Basta observarmos atentamente a Palavra de Deus que nos quer bem.
Jesus certamente estava dirigindo as palavras deste Santo Evangelho para os homens poderosos de sua época. Muitos como os sacerdotes dos Templos, os fariseus e os doutores das leis diziam ser perfeitos por cumprirem o que estava escrito. Porém suas ações desprezam os mais pobres, desgraçava a vida dos pequenos, maltratava sem piedade os irmãos necessitados. Ainda por cima elencavam os erros dos pequeninos e esqueciam-se das barbáries que faziam com os desvalidos. Lucas escreveu: por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Era um puxam de orelhas nos homens sabidos. Mostravam-se conhecedores de tudo, mas eram incapazes de enxergar a trave de madeira em seu próprio olho. Ou seja, querem corrigir os outros, mas não se auto-corrigem dos erros perversos; querem apontar caminhos para os subalternos, mas não conhecem seus próprios caminhos.
Enfim, são tantas coisas que devemos aprender para depois tentar ajudar o nosso irmão. Não devemos ser preconceituoso e acreditar que sempre estamos corretos e o irmão está errado. Devemos encontrar primeiramente nosso Deus e viver a sua essência. Com certeza não seremos maior do que nosso Criador; estaremos chegando a sua altura se aprendermos a ouvir suas Palavras. Acreditamos, pois, que somente Deus pode julgar porque Ele é nosso Pai e quer nosso bem. Que assim seja, amém!
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Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
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